O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse esta segunda-feira que não acredita na possibilidade de recuperar o acordo nuclear com o Irão no futuro imediato, embora reconheça que os interlocutores de Teerão estão a ser pacientes.

Scholz falava após uma reunião em Berlim com o primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, que insistiu na ideia de que a restauração do acordo assinado em 2015 entre o Irão e a França, Reino Unido, Rússia, China e EUA será um erro.

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O chanceler alemão lembrou que os países europeus apresentaram propostas que Teerão tinha “todos os motivos para aceitar”, mas admitiu que “dificilmente isso acontecerá num futuro próximo”

Continuamos pacientes, mas também permanecemos claros: o Irão deve ser impedido de poder obter armas nucleares”, prometeu Scholz.

Os Estados Unidos retiraram-se unilateralmente do acordo, em 2018, durante o mandato do ex-Presidente Donald Trump, e voltaram a impor sanções ao Irão, o que levou Teerão a começar a afastar-se dos termos do acordo.

No início de setembro, o Irão reagiu favoravelmente a um esboço final de um roteiro para as partes regressarem ao acordo nuclear, mas posteriormente mostrou-se indisponível para aceitar que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) continue as suas averiguações sobre o enriquecimento de urânio em várias centrais.

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O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse mesmo que a investigação da AIEA deve ser interrompida para que o acordo de 2015 seja renovado.

Este fim de semana, Alemanha, França e Reino Unido emitiram um comunicado dizendo que “o Irão deve cooperar totalmente e, sem demora, com a AIEA”, para que as negociações que decorrem em Viena sejam retomadas.