Ponto prévio: o Club Brugge fez um grande jogo, podia até ter marcado mais golos apesar de ter chegado à maior vitória de sempre fora na Taça dos Clubes Campeões Europeus/Liga dos Campeões, mereceu por completo o triunfo e lidera como total mérito o grupo da Champions com mais três pontos do que o Bayer Leverkusen e o Atl. Madrid. A partir daí, e sem esquecer essa parte, um olhar para o FC Porto. Um olhar ou vários olhares que qualquer direção que levem apontam para algo negativo. Mau. Muito mau. Tão péssimo que terminou com uma das piores derrotas caseiras de sempre de uma equipa nacional na prova.

Otávio jogou mas o único bluff foi o de uma equipa sem cartas, trunfos ou sequências (a crónica do FC Porto-Club Brugge)

Em sete jogos realizados frente a conjuntos belgas, nunca o FC Porto tinha perdido. Esta noite, mais do que ser derrotado, foi goleado – sendo que nas únicas duas vezes em que começou a fase de grupos da Liga dos Campeões com duas derrotas, a equipa acabou na última posição. Em paralelo, os azuis e brancos, que nos últimos oito jogos da UEFA começaram a perder, sofreram pela primeira vez quatro desaires seguidos na principal prova europeia de clubes versão Champions, juntando as derrotas com Liverpool e Atl. Madrid na última época aos insucessos na presente temporada com Atl. Madrid e Club Brugge. Tudo isso fez com que Pinto da Costa e Vítor Baía descessem ao balneário no final do encontro com os belgas.

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“Aconteceu o que se viu, é difícil explicar uma noite assim. Acho que em todos os momentos do jogo não fomos a equipa que costumamos ser. Passividade, duelos perdidos, a equipa várias vezes partida que não é normal e depois nestes jogos pagam-se caro porque as equipas que aqui estão são as melhores dos seus países. Muita coisa correu mal e sobretudo a base do FC Porto, que normalmente é forte, não foi. Oito faltas num jogo em que o adversário faz o dobro é um sinal também de pouca agressividade e atitude e cabe ao treinador assumir essa responsabilidade por isso”, começou por dizer Sérgio Conceição na flash interview da CNN Portugal. “Foram os erros individuais mais tudo aquilo que não fomos enquanto equipa que depois deu neste desastre”, acrescentou depois na zona de entrevistas rápidas da Eleven Sports.

“Tudo o que foi a envolvência e a estratégia definida por mim e depois podemos apontar várias coisas que podemos apontar sendo que não estou aqui para me desculpar com nada. Temos que assumir, apesar dos jogadores que estejam ou não limitados, temos de assumir porque nem nos jogos da pré-época se viu o que não fizemos hoje. Temos de assumir, eu em primeiro como treinador e depois os jogadores obviamente. Falaremos, há muito trabalho para fazer, muita situação para rever porque desta forma, não só na Liga dos Campeões mas também nas provas internas, vamos ter muitas dificuldades”, prosseguiu.

Sobre Otávio, poucas explicações para algo que nunca foi explicado em concreto pelo clube. “Otávio? Tem de perguntar ao departamento médico. Sim, foi tornado público [que tinha partido duas costelas] mas não vi nada, não vi nenhuma nota do departamento médico sobre isso, portanto…”, disse na CNN Portugal. “Tenho informação do departamento médico que podia ir a jogo, falei com o jogador e com o responsável e foi, não estando nas condições máximas para dar o seu contributo”, referiu na Eleven Sports.

“Ano após ano temos de ir lançando jovens no nosso plantel perante a saída de jogadores importantes, esta competição obriga a outro peso. Temos quatro jogos para retificar principalmente esta exibição porque em Madrid fizemos uma exibição competente e merecíamos outro resultado. Cá estaremos. Se sentir que o comportamento e a atitude da equipa é esta, obviamente não podemos representar este clube”, concluiu na Eleven Sports. “Faltam quatro jogos e temos que assumir a responsabilidade de representar um clube com peso e com história nesta competição e temos que honrar o clube porque se assim não fizermos, não podemos representar este clube a começar por mim”, acrescentou na CNN Portugal.