A Adobe oficializou esta quinta-feira que vai comprar a Figma, a startup que desenvolveu ferramentas online de design, por 20 mil milhões de dólares. A Figma desenvolveu uma plataforma colaborativa para design através da web, sendo maioritariamente usada por empresas. Desta forma, a empresa trazia alguma concorrência à operação da Adobe.
O negócio já tinha sido avançado por meios como a Bloomberg. De acordo com o comunicado feito pela Adobe, a dona do Photoshop vai pagar os 20 mil milhões através de uma combinação de dinheiro e ações. A Adobe indica que, ao englobar a Figma, vai “entrar numa nova era de criatividade colaborativa”.
“Em conjunto, a Adobe e a Figma vão reimaginar o futuro da criatividade e produtividade, acelerar a criatividade na web, avançar o design de produtos e inspirar comunidades de criadores a nível global, designers e programadores”, diz a Adobe, em comunicado. Na ótica da empresa, a Adobe que sair desta operação vai ter “uma enorme oportunidade num mercado de crescimento rápido”.
Os detalhes do negócio referem que o CEO e os empregados da Figma receberão aproximadamente seis milhões de ações adicionais da Adobe. É expectável que o negócio esteja concluído em 2023.
A Figma foi fundada há dez anos, por Dylan Field e Evan Wallace. O software de design colaborativo desenvolvido pela companhia é usado por empresas como a plataforma de videoconferência Zoom ou a AirBnb ou ainda pelos trabalhadores da Microsoft.
Após a conclusão da operação, Dylan Field, co-fundador e CEO da Figma, continuará a liderar a equipa, passando a reportar diretamente a David Wadhwani, o presidente do negócio de media digital da Adobe. Enquanto o negócio não estiver concluído, a Figma continuará a operar de forma independente.
No comunicado feito pela Figma, é referido que “a Adobe está profundamente comprometida a manter a Figma a operar de forma autónoma” após o encerramento da operação.
De acordo com as contas da Bloomberg, esta poderá mesmo ser a maior aquisição de uma empresa não cotada de software. As ações da Adobe estão a reagir ao anúncio, com os títulos a desvalorizar mais de 11%.
Além do anúncio da compra, a Adobe também divulgou os resultados do terceiro trimestre do ano fiscal. A empresa teve receitas recorde de 4,43 mil milhões, o que representa um aumento homólogo de 13%. O lucro da empresa foi de 1,48 mil milhões no trimestre terminado a 2 de setembro, um aumento de cerca de 3% face ao lucro de há um ano.
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