Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, não gostou do acordo de descentralização de competências firmado entre a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e o Governo, em julho, e diz que se limita a transferir o “odioso” para os municípios.

Numa carta aberta publicada no jornal Nascer do Sol, este sábado, não pouca críticas à presidente da ANMP, Luísa Salgueiro, acusando a associação de ser uma “câmara de reverberação” do Governo e de ter transformado os municípios em “meros guichets” do poder central.

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Este sábado, realiza-se no Pavilhão Cidade de Viseu o VI Encontro Nacional de Autarcas, promovido pela ANMP. Mas por considerar que “já tudo” está “decidido”, logo, “nada mais há para decidir” e que a ANMP matou “a discussão à nascença”, Isaltino Morais recusa marcar presença.

O acordo de descentralização de competências, assinado em julho, não é mais senão uma “transferência do odioso para os municípios”, critica. Pelo que o encontro deste sábado, um “convívio social de autarcas”, não passará de “um longo velório do poder local que um dia Portugal teve”.

No encontro vão participar a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, e a presidente da ANMP e da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro.

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