A Iniciativa Liberal (IL) de Cascais repudiou a atuação da junta de freguesia no caso noticiado pelo Observador esta segunda-feira de uma escola pública que ocultou da polícia as suspeitas de abuso sexual cometidos por um professor, que acabou preso depois de os mesmos crimes terem sido praticados contra alunos de um colégio católico onde também trabalhava. Num comunicado em que reage à notícia avançada pelo Observador, a IL de Cascais critica a “inação e passividade” da junta de freguesia “perante uma situação de enorme gravidade”.

O professor, à data com 18 anos, tinha sido contratado pela junta de freguesia para dinamizar atividades extracurriculares na escola. Numa reunião com a família da vítima, os responsáveis da escola e da junta de freguesia, os encarregados de educação foram aconselhados a não seguir com um processo crime para não “destruir” a carreira profissional do professor.

Funcionário de colégio católico está preso por abuso de uma dezena de menores. Antes, uma escola pública ocultou os seus crimes

Um dia depois da publicação da notícia do Observador, a Iniciativa Liberal exigiu ao autarca, Pedro Morais Soares, que esclarecesse publicamente “os motivos pelos quais o presidente da junta de freguesia, nesta situação, decidiu nada fazer para além do afastamento do referido técnico”, “os procedimentos que são adotados na contratação de pessoal para as escolas da freguesia”, “os procedimentos que são adotados perante denúncias de situações como a referida” e “que medidas foram tomadas em situações semelhantes, caso existam, nas restantes escolas da freguesia”.

“Perante os factos que vieram a público exige-se uma explicação cabal e detalhada da atuação da Junta de Freguesia de Cascais e Estoril e do seu presidente”, disse João Silva de Almeida, responsável pelo tema da Educação na IL Cascais: ” A cultura de passividade, inação e falta de transparência tem de acabar”.

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