Uma nova sondagem revelada esta quinta-feira dá 50% de votos válidos a Lula da Silva na primeira volta das próximas presidenciais brasileiras e apenas 36% de votos válidos a Jair Bolsonaro, o atual Presidente do Brasil.
O resultado da sondagem, feita pela Datafolha para a Globo e para o jornal Folha de São Paulo, não permite ter certezas sobre se Lula da Silva pode ou não vencer as presidenciais do Brasil à primeira volta.
Tal como em sondagens anteriores, a amostra é muito reduzida: foram ouvidas apenas 6.800 pessoas, uma percentagem muito pequena do conjunto total de eleitores, num país que tem mais de 200 milhões de habitantes.
Face à sondagem anterior, revelada há uma semana, Lula da Silva, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) mantém-se com intenções de voto válido de 50%, enquanto Bolsonaro, candidato pelo Partido Liberal (PL), sobe um ponto percentual, de 35% para 36%.
O crescimento de Bolsonaro alimenta-se de uma descida nas intenções de voto válido de Ciro Gomes, candidato de centro-esquerda do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que desce de 7% para 6%, aproximando-se de Simone Tebet, a candidata do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), para a qual se projeta uma intenção de votos válidos de 5%.
A projeção de “votos válidos” calcula um resultado eleitoral do qual se excluem desde logo os votos em branco, os votos nulos e os eleitores ainda indecisos — que poderão ser determinantes para o desfecho das eleições brasileiras, nomeadamente caso a decisão seja empurrada para uma segunda volta opondo Lula da Silva a Jair Bolsonaro.
Se o resultado da sondagem for apresentado com a inclusão de votos brancos e nulos, as intenções de voto de Lula da Silva caem para 48% e as de Jair Bolsonaro para 34%. Já para Ciro Gomes seriam projetados os mesmos 6% de votos.
Esta nova sondagem da Datafolha para a Globo e para a Folha de São Paulo apresenta ainda um dado curioso: nesta mesma amostra de eleitores que daria uma vitória a Lula da Silva, porventura até já na primeira volta, apenas 44% reprovam a governação de Bolsonaro, sendo que 31% (menos 13 pontos percentuais) a aprovam. Atendendo a isto, é possível que sejam os 24% menos convictos — quer de que a gestão de Bolsonaro merece reprovação, quer de que esta merece aprovação — a vir a decidir estas presidenciais.