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O mote está dado: é um por todos e todos por Taremi (a crónica do FC Porto-Sp. Braga)

Este artigo tem mais de 1 ano

Num dia em que ouviu aplausos ao minuto 9 e teve uma faixa escrita para si, Taremi nem precisou de marcar: esteve em três dos quatro golos do FC Porto com o Sp. Braga e foi o melhor da equipa (4-1).

FC Porto v Sporting Braga - Liga Portugal Bwin
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O avançado iraniano teve intervenção em três dos quatro golos dos dragões

DeFodi Images via Getty Images

O avançado iraniano teve intervenção em três dos quatro golos dos dragões

DeFodi Images via Getty Images

Uma derrota cruel contra o Atl. Madrid, uma derrota traumática contra o Club Brugge, um empate lisonjeiro contra o Estoril. O FC Porto ressurgia da paragem para os compromissos das seleções com apenas uma vitória nos últimos quatro jogos e tinha no Sp. Braga um adversário que poderia tornar-se anjo ou vilão — por um lado, era o triunfo ideal para enterrar a crise; por outro, aumentava as chances de novo desaire para engordar a crise.

Crises à parte, a verdade é que a receção aos minhotos fez com que Sérgio Conceição quebrasse o silêncio. O treinador do FC Porto não falava publicamente desde a tal goleada sofrida contra o Club Brugge, na Liga dos Campeões, mas não fugiu à antevisão do jogo grande da jornada nem ao comentário ao apedrejamento do carro da própria família precisamente após a derrota frente aos belgas.

Ficha de jogo

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FC Porto-Sp. Braga, 4-1

8.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto)

FC Porto: Diogo Costa, Rodrigo Conceição (Grujic, 75′), Pepe, David Carmo, Wendell (Zaidu, 85′), Bruno Costa (Otávio, 66′), Stephen Eustáquio (Gabriel Veron, 85′), Uribe, Pepê, Evanilson (Galeno, 75′), Taremi

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, Fábio Cardoso, Danny Loader, Toni Martínez

Treinador: Sérgio Conceição

Sp. Braga: Matheus, Fabinho (Víctor Gómez, 45′), Tormena (Álvaro Djaló, 68′), Niakaté, Sequeira, Iuri Medeiros (Uros Racic, 45′), Al Musrati, André Horta (Tiago Sá, 86′), Ricardo Horta, Simon Banza (Abel Ruiz, 45′), Vitinha

Suplentes não utilizados: Rodrigo Gomes, Paulo Oliveira, Diego Lainez, Castro

Treinador: Artur Jorge

Golos: Evanilson (32′), Stephen Eustáquio (34′), Pepe (ag, 55′), Pepê (63′), Galeno (90+6′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Iuri Medeiros (23′), a David Carmo (29′), a Fabiano (38′), a Sequeira (41′), a Diogo Costa (74′); cartão vermelho direto a Matheus (84′)

“Cheguei ao FC Porto aos 15 anos. Fui campeão todos os anos em que aqui estive como jogador e como treinador fui campeão três vezes em cinco anos. Tive a ajuda de toda a estrutura, da equipa técnica e dos jogadores para ser o técnico mais titulado, a par do Artur Jorge. Mas nada conta. E pelos vistos, para as pessoas, também não. Não podemos passar a linha limite entre a paixão e a vontade de vencer e a estupidez. Foi um gesto inqualificável e isolado. Não revejo nesse gesto todos os que amam o FC Porto”, disse Sérgio Conceição antes da receção ao Sp. Braga onde os dragões iriam procurar alcançar os minhotos na classificação e ficar em igualdade pontual no segundo lugar do Campeonato.

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Assim, no Dragão, Conceição contava com o regresso de Pepe, que foi dispensado da Seleção por motivos físicos, e também de Uribe, que se lesionou ao serviço da Colômbia mas recuperou a tempo de integrar o onze inicial. Wendell e Bruno Costa também era titulares, em detrimento de Zaidu e André Franco, e Otávio estava convocado mas começava no banco de suplentes. Do outro lado, Artur Jorge tinha Niakaté, Al Musrati e Vitinha no onze, sendo que todos estiveram em dúvida devido a lesão, e lançava os dois irmãos Horta para a titularidade, deixando Abel Ruiz como suplente.

O jogo demorou a aproximar-se das balizas, com o FC Porto a demonstrar uma superioridade clara nos minutos iniciais mas sem apresentar capacidade para se inserir por completo no meio-campo adversário e criar situações de perigo. David Carmo teve o primeiro lance de maior destaque, ao cabecear por cima depois de um livre cobrado na direita (7′), e os dragões iam controlando as investidas minhotas e apostando essencialmente na profundidade e nas trocas de posição entre jogadores para desequilibrar. Evanilson ficou perto de abrir o marcador dessa forma (12′), Wendell acelerou na esquerda e quase serviu o brasileiro (21′) e o FC Porto falhava essencialmente na hora da última decisão.

Ainda assim, era possível perceber a forma como os dragões exploravam as fragilidades defensivas do Sp. Braga. Pepe atuava bem acima do eixo defensivo e era o responsável pelos passes aproximativos vindos de trás, sempre verticais e cheios de intenção, e tanto Uribe como Bruno Costa faziam o mesmo a partir do meio-campo. Wendell apresentava-se em bom plano, protagonizando várias arrancadas no corredor esquerdo, Eustáquio e Pepê funcionavam como apoio à dupla da frente e Taremi ia realizando mais uma exibição acima da média, desequilibrando com velocidade e inteligência sempre que pegava na bola.

À passagem da meia-hora, porém, os dragões conseguiram desbloquear o resultado com dois golos num curto espaço de tempo. Pepê soltou Taremi na esquerda, o iraniano temporizou para dar a Eustáquio e o médio descobriu Evanilson completamente sozinho no poste mais distante, com o brasileiro e encostar com o peito para o fundo da baliza (32′). Logo depois, Vitinha errou um passe na zona do meio-campo, Taremi acelerou pela faixa central e deu a Pepê e o brasileiro atraiu Matheus para assistir Eustáquio, que aumentou a vantagem e estreou-se a marcar com a camisola do FC Porto (34′).

A equipa de Sérgio Conceição adquiriu confiança e quase chegou ao terceiro golo, com Matheus a responder com uma enorme defesa a um remate de Bruno Costa na grande área (45+1′), sendo que Iuri Medeiros teve a melhor e única oportunidade do Sp. Braga ao quase aproveitar uma saída em falso de Diogo Costa para atirar para a baliza deserta mas falhar o alvo (44′). Ao intervalo, com dois golos em dois minutos, o FC Porto estava a vencer os minhotos de forma aparentemente confortável no Dragão.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do FC Porto-Sp. Braga:]

Artur Jorge não escondeu a insatisfação com a equipa ao intervalo e fez uma tripla substituição, trocando Fabiano, Iuri Medeiros e Simon Banza por Víctor Gómez, Uros Racic e Abel Ruiz. O Sp. Braga regressou melhor — tanto em relação à própria exibição na primeira parte como em relação à reentrada do FC Porto — e ficou perto de reduzir a desvantagem logo nos instantes iniciais, com Ricardo Horta a acertar no poste de fora de área (53′). O golo, porém, não tardaria muito mais: Uribe perdeu a bola no próprio meio-campo, os irmãos Horta combinaram para soltar Gómez na direita e o lateral cruzou rasteiro, com Pepe a desviar para a própria baliza enquanto procurava evitar o toque de Ruiz (55′).

A resposta dos dragões, contudo, foi letal. Taremi recebeu na área, tirou Tormena da frente com um túnel brilhante e assistiu Pepê ao centro, com o brasileiro a precisar apenas de encostar para aumentar a vantagem (63′) — tornando o iraniano novamente crucial na movimentação ofensiva da equipa. Sérgio Conceição reagiu ao terceiro golo com a entrada de Otávio, que rendeu Bruno Costa, e Artur Jorge procurou voltar a discutir o resultado ao lançar Álvaro Djaló no lugar de Tormena.

O jogo perdeu algumas características depois do terceiro golo do FC Porto, com Sérgio Conceição a aproveitar para gerir o plantel e lançar Galeno e Grujic, recuando Pepê para a posição de lateral direito. Até ao fim, Matheus ainda foi expulso com cartão vermelho direto, por ter feito falta sobre Taremi no exterior da grande área e quando o iraniano estava praticamente isolado, e Galeno fechou as contas com assistência de Veron já nos descontos (90+6′).

O FC Porto voltou às vitórias e derrotou o Sp. Braga no Dragão, provocando o primeiro desaire da temporada dos minhotos e igualando a equipa de Artur Jorge no segundo lugar do Campeonato. Num dia em que nem sequer marcou, Taremi foi crucial no primeiro golo, desbloqueou linhas no segundo e assistiu para o terceiro — e respondeu da melhor forma a uma semana em que foi respaldado pelo clube, em que ouviu aplausos ao minuto 9 e em que leu uma faixa a dizer “Taremi, como um de nós”. O mote está dado: é um por todos e todos por Taremi.

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