Foi realizado o primeiro transplante de intestino de uma pessoa morta (depois de paragem cardiorrespiratória) para o doente, neste caso, uma menina de 13 meses. A inovação médica é o resultado de três anos de investigação do Grupo de Malformações Congénitas e Transplante do Instituto de Investigação Sanitária, em Espanha.

Até agora não tinha sido usado o intestino de pessoas mortas por se pensar que o órgão já não estaria em condições de ser transplantado, mas não havia investigação que apontasse num sentido ou noutro, reportou o jornal espanhol El País.

Os transplantes de pessoas mortas aconteciam apenas nos casos de morte cerebral (quando o coração e pulmões funcionam apenas por ação do ventilador), mas este trabalho demonstrou que a oxigenação por membrana extra-corpórea (ECMO) pode preservar os órgãos de uma pessoa morta. O procedimento médico foi realizado no Hospital Universitário La Paz (Madrid), que realizou o primeiro transplante pediátrico de intestino há 23 anos.

A saúde da menina de 13 anos transplantada estava bastante debilitada devido ao mau funcionamento do intestino, diagnosticado quando tinha apenas um mês de vida. Agora, já teve alta da cirurgia e encontra-se em bom estado de saúde, de acordo com a informação disponibilizada pelo conselho de Saúde do governo regional de Madrid.

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