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A Rússia colocou oficialmente a gigante norte-americana Meta, detentora das redes sociais Facebook e Instagram, na lista de organizações “terroristas e extremistas“, abrindo a possibilidade de processos judiciais reforçados contra os utilizadores no país.
A Meta foi classificada entre as organizações “terroristas e extremistas” do serviço russo de supervisão financeira, constatou esta terça-feira a agência noticiosa France-Presse (AFP) no portal deste órgão do Governo russo.
Em março, a Meta foi declarada uma organização “extremista” por um tribunal russo e as suas duas principais redes sociais, Instagram e Facebook, foram bloqueadas na Rússia.
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A ilegalização de atividades de organizações com o “estatuto” de “extremista e terrorista” estendeu-se também o movimento Vesná (‘Primavera’), que organizou vários protestos contra a mobilização parcial de reservistas russos para combater na Ucrânia.
O Vesná, um movimento fundado em 2013, em São Petersburgo, com base em vários partidos da oposição, foi incluído nessa lista pelo supervisor financeiro russo, Rosfinmonitoring.
Dessa forma, o movimento não pode ter dinheiro para o movimentar e para financiar as atividades.
O Vesná foi incluído na lista antes de os tribunais o declararem uma organização extremista, algo que o Ministério Público de São Petersburgo exigiu no final de setembro.
O Ministério Público acusou o movimento de realizar atividades destinadas a perturbar a ordem pública e a “inverter a ordem constitucional da Federação Russa“, alem de organizar ações “ilegais” para desestabilizar a situação política e tentar criar uma “opinião pública sobre a necessidade de mudança de poder”.
Além de se opor à “operação militar especial” russa na Ucrânia, o Vesná também defende a alternância de poder no Kremlin.
Após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter assinado, a 21 de setembro, o decreto de mobilização parcial para o conflito ucraniano, o movimento Vesná convocou ações de protesto em Moscovo e nas principais cidades do país, em que milhares de pessoas foram presas.
A mobilização parcial de 300.000 reservistas provocou um êxodo de homens em idade militar para o exterior.
O líder da oposição russa, Alexei Navalny, detido, acusou Putin de tentar matar centenas de milhares de pessoas, enviando-as “para a trituradora da guerra“.