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O diretor-geral da agência da ONU para a área do nuclear anunciou esta quarta-feira que está de regresso a Kiev para continuar a negociar a criação de uma zona de segurança para evitar um acidente na central nuclear de Zaporijia.
“Continuarei o trabalho para criar uma zona de proteção de segurança nuclear à volta da central nuclear de Zaporijia”, no sul da Ucrânia, disse o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o argentino Rafael Grossi, numa mensagem na rede social Twitter, na qual indicou que estava a caminho da capital ucraniana.
Our team at #Zaporizhzhya Nuclear Power Plant informed me this morning that the plant has lost all of its external power for the 2nd time in five days. Its back-up diesel generators are now providing electricity for its nuclear safety and security functions.
— Rafael MarianoGrossi (@rafaelmgrossi) October 12, 2022
Grossi encontrou-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira na cidade russa de S. Petersburgo.
Na semana passada já se tinha encontrado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para tentar fechar um acordo que evite um acidente na central de Zaporijia, o maior complexo nuclear ucraniano e também da Europa.
A central foi ocupada pelas forças russas nos primeiros dias da ofensiva militar lançada por Moscovo no território ucraniano, iniciada no final de fevereiro, e tem estado sob intensos bombardeamentos.
O diretor-geral da AIEA informou entretanto que já foi restabelecido o fornecimento de energia à central nuclear, que tinha sido hoje novamente interrompido devido aos danos causados por um bombardeamento de uma subestação elétrica.
“Precisamos de uma zona de proteção o mais rápido possível”, pediu Grossi, na mesma mensagem.
A central de Zaporijia já perdeu e recuperou a energia elétrica várias vezes, nos últimos dias, forçando a ativação de geradores a diesel de emergência para manter os sistemas vitais a funcionar.
A AIEA tem alertado há meses para o perigo de um acidente nuclear em Zaporijia e para a necessidade de criar uma área de proteção à volta da central ucraniana, que a Rússia não apenas ocupou militarmente, mas também declarou ser propriedade do Estado russo.