A primeira-ministra britânica, Liz Truss, estará a preparar uma nova versão do “mini-orçamento” que colocou o Reino Unido sob pressão nos mercados financeiros nas últimas semanas. A imprensa britânica está a noticiar, esta quinta-feira, que estão em discussão várias mudanças incluindo um plano para subir – não baixar – os impostos cobrados às empresas.

A Sky News noticiou, ao final desta manhã, que Downing Street estava a debater a hipótese de eliminar várias partes do “mini-orçamento” polémico. “Estão a decorrer conversas dentro do Governo”, afirmou o editor-adjunto de política da Sky News, Sam Coates, acrescentando que ainda não se sabe quais vão ser as alterações mas estaria em cima da mesa adiar as alterações à tributação das empresas.

O The Sun vai mais longe e afirma que a primeira-ministra britânica pode não só mudar de ideias em relação à redução dos impostos às empresas mas, até, tomar medidas no sentido de os aumentar.

Os mercados financeiros reagiram positivamente às notícias desta possível “marcha-atrás” do governo de Truss, com a libra esterlina a recuperar algum do terreno perdido face às outras divisas e o valor dos títulos de dívida pública do Reino Unido a subir na véspera de o Banco de Inglaterra terminar – pelo menos é o que está planeado – a intervenção de emergência no mercado de dívida pública.

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A confirmar-se, será mais uma marcha-atrás do governo britânico, depois do recuo no ponto mais polémico do “mini-orçamento” – que era o fim do escalão mais alto de impostos, que taxa a 45% os cidadãos com mais rendimentos.

Liz Truss recua em plano “demente” mas não convence os mercados. “Credibilidade será difícil, senão impossível, de recuperar”

(Em atualização)