O nível de atividade da reabilitação urbana registou em setembro uma evolução homóloga negativa de 6%, mas a carteira de encomendas aumentou 1,8%, segundo um inquérito da associação setorial AICCOPN esta sexta-feira divulgado.
De acordo com os dados apurados no inquérito junto dos empresários do setor que atuam no segmento da reabilitação urbana, relativo ao mês de setembro o índice relativo ao nível de atividade regista uma variação de -6% em termos homólogos, ligeiramente inferior aos -4,6% apurados no mês anterior”, avança a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) em comunicado.
No entanto, no que diz respeito ao índice relativo à carteira de encomendas, o barómetro aponta para uma variação homóloga positiva de 1,8%, em setembro, superior aos 1,2% registados em agosto.
“Verifica-se assim que, não obstante a redução apontada pelas empresas relativamente ao nível de atividade, a carteira de encomendas mantém-se positiva, registando-se mesmo um incremento do indicador respetivo”, salienta a associação.
Relativamente à produção contratada, indicador que estima o tempo assegurado de laboração a um ritmo normal de produção, apresentou uma “ligeira redução”, passando de 9,7 meses apurados em setembro de 2021 para 9,5 meses em setembro de 2022.
O montante dos concursos de empreitadas de obras públicas promovidos até final do terceiro trimestre recuou 16% em termos homólogos, para 2.641 milhões de euros, mantendo a evolução negativa registada desde março, informou a AICCOPN.
Segundo o mais recente Barómetro das Obras Públicas da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), “até ao final do terceiro trimestre de 2022 foram promovidos 2.641 milhões de euros no âmbito de concursos de empreitadas de obras públicas, valor que se situa 500 milhões de euros abaixo do apurado em igual período do ano anterior e representa uma queda de 16% em termos homólogos, mantendo-se praticamente inalterada a tendência negativa que se regista há sete meses consecutivos”.
Quanto aos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados e registados no Portal Base, atingiram os 1.728 milhões de euros até final de setembro, valor 43% inferior ao totalizado em igual período de 2021.
De acordo com a AICCOPN, “também a este nível se mantêm sem alterações significativas as quebras registadas ao longo do presente ano”.
Por modalidades, os contratos de empreitadas celebrados no âmbito de concursos públicos totalizaram, até ao final do terceiro trimestre, 1.338 milhões de euros, menos 41% em termos homólogos e representando “pouco mais de metade do total de concursos promovidos (2.641 milhões de euros)”.
Já os contratos celebrados nas modalidades de ajustes diretos e consultas prévias atingiram 301 milhões de euros, 42% do mesmo período de 2021.
As obras licenciadas pelas autarquias para habitação estabilizaram nos primeiros oito meses deste ano em termos homólogos, enquanto os fogos novos licenciados aumentaram 1,6% e o consumo de cimento subiu 2,1%, divulgou esta sexta-feira a AICCOPN.
De acordo com a “Síntese Estatística da Habitação” da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), “até ao final do mês de agosto de 2022 assiste-se a uma estabilização no número de obras licenciadas pelas câmaras municipais para construção nova ou reabilitação de edifícios residenciais, verificando-se uma variação de apenas -0,1% em termos homólogos”.
Já no que concerne ao número de fogos licenciados em construções novas, regista-se um acréscimo homólogo de 1,6%, para um total de 20.258 habitações novas licenciadas desde o início do ano.
Nos primeiros oito meses de 2022, os dados da AICCOPN apontam que foram consumidas 2.603 milhares de toneladas de cimento no mercado nacional, o que traduz um aumento de 2,1%, face ao mesmo período do ano passado.
Relativamente ao novo crédito para aquisição de habitação concedido pela banca, nos primeiros oito meses do ano foi de 10.926 milhões de euros, o que corresponde a uma subida homóloga de 11,4%.
Em agosto, o valor mediano da avaliação de habitação para efeitos de concessão de crédito fixou-se em 1.414 euros por metro quadrado, em resultado de taxas de crescimento homólogo de 16,3% nos apartamentos e de 14,1% nas moradias.
Analisando a evolução na Área Metropolitana do Porto, o número de fogos licenciados em construções novas nos 12 meses terminados em agosto de 2022 foi de 6.728, o que traduz um aumento de 3,8% face aos 6.480 alojamentos licenciados nos 12 meses anteriores.
Destes, 28% eram de tipologia T0 ou T1, 25% de tipologia T2, 38% de tipologia T3 e 9% de tipologia T4 ou superior.
Quanto ao valor de avaliação bancária na habitação verificou-se, nesta região, uma variação homóloga de 14,6% em agosto.