Minuto 45. Chico Lamba, aos 19 anos, entrou em campo para substituir José Marsà e estreou-se pela equipa principal do Sporting. Minuto 78. Mateus Fernandes, aos 18 anos, entrou em campo para substituir Pedro Porro e estreou-se pela equipa principal do Sporting. No mesmo dia, em Alvalade e contra o Casa Pia, Rúben Amorim lançou mais dois nomes da formação leonina e ganhou dois jogadores.

Se é preciso reacender a chama, Rúben, Porro é o fósforo (a crónica do Sporting-Casa Pia)

Este sábado, os leões derrotaram o Casa Pia e regressaram às vitórias depois da eliminação da Taça de Portugal contra o Varzim e do desaire frente ao Marselha na Liga dos Campeões. O Sporting ultrapassou os gansos na classificação e está agora no 4.º lugar da Primeira Liga, a três pontos do FC Porto e do Sp. Braga e a nove do líder Benfica. A equipa de Rúben Amorim encerrou a pior série de resultados da temporada, sendo que há cinco jogos que não marcava três golos, e chegou à terceira vitória consecutiva no Campeonato, algo que ainda não tinha acontecido esta época.

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Depois do apito final, na zona de entrevistas rápidas, o treinador leonino lembrou que a equipa sabia que este ia ser um jogo “muito difícil”. “Foi tudo o que aconteceu e o que prevíamos. O Casa Pia estava muito bem organizado, com jogadores à espera do nosso erro e nós com muita vontade. Os jogadores corresponderam ao que nós queríamos, com muita intensidade. Tivemos várias situações e não conseguimos marcar. Sofremos o golo no fim da primeira parte e na segunda parte entrámos ainda com mais intensidade. Depois, o Filipe Martins mudou um pouco o sistema e nós soubemos adaptar-nos. Partimos para uma segunda parte muito boa”, começou por explicar Amorim, detalhando depois essa adaptação à alteração tática do adversário.

“Já tínhamos visto isso em jogos da pré-época que fizemos contra o Casa Pia. O Morita apareceu muitas vezes em zonas em que eles não estavam habituados e até criou alguns problemas. Houve rotatividade na frente mas faltou finalizar. Sabíamos que o Casa Pia defende muito bem, está muito tranquilo na tabela. Em qualquer saída podia criar problemas e foi isso que aconteceu. Queria realçar os meus jogadores, o espírito. Não é fácil, uma equipa tão jovem e com jogadores a estrearem-se, num momento difícil… Hoje foram os jogadores e os miúdos a transportar a chama para toda a gente no estádio. Portanto, parabéns aos jogadores”, acrescentou o técnico.

Mais à frente, Rúben Amorim abordou a entrada positiva de Paulinho na partida. “Já estávamos bem no jogo e o Paulinho foi o Paulinho. Às vezes pode não estar tão bem mas o espírito que tem, como lutou pela bola, como ligou o jogo, como empurrou a equipa para a frente… Foi uma excelente entrada”, atirou, comentando depois a aproximação ao segundo lugar de FC Porto e Sp. Braga, que estão a três pontos. “O objetivo agora é ganhar ao Tottenham [na Liga dos Campeões]. Fico feliz por ver uma equipa num momento tão difícil a manter a mesma identidade, a forma como jogamos, a criar oportunidades e a não consentir muitas, mesmo tendo sofrido um golo. Tiveram a capacidade de dar a volta e já fico feliz. Só quero pensar no próximo jogo”, completou, justificando depois o porquê de ter virado as costas na hora da grande penalidade e de ter festejado efusivamente todos os golos, algo que não é muito habitual.

“Eu não costumo ver os penáltis e o Pote às vezes faz coisas tão boas e às vezes faz asneiras. Não quis ver, só quis festejar o golo. Hoje foram os jogadores que contagiaram o treinador e contagiaram a bancada. Já tivemos momentos em que foi ao contrário. Hoje, claramente, os jogadores trouxeram a alegria, a chama e a força para o estádio. Se houve alguém que contagiou hoje foram claramente os meus jogadores”, terminou Amorim.