É com uma nova secção, Cinema à Mesa, dedicada a filmes sobre gastronomia, que se apresenta a 23.ª edição da Festa do Cinema Francês, que decorre em Lisboa de 26 de Outubro a 6 de Novembro, no Cinema São Jorge, de 2 a 30 de Novembro, na Cinemateca, e de 8 a 11 de Novembro, nos Cinemas NOS Amoreiras. A Festa irá também a Almada, Oeiras, Coimbra, Porto, Faro, Viseu, Évora, Lagos e Funchal. Além das habituais secções e dos encontros com cineastas, argumentistas e escritores, haverá ainda, a propósito da exibição, em antestreia, do filme “Simone — A Viagem do Século”, uma exposição de fotografias “Simone Veil, Sempre Viva”, da autoria de Micheline Pelletier. O festival integra ainda a Temporada Portugal-França 2022. Fomos percorrer a programação deste ano e selecionámos sete filmes sobre outros tantos temas específicos.
Infância: “O Meu Verão em Provença”
De Christophe Barratier
Depois de “A Glória do Meu Pai” e “O Castelo da Minha Mãe”, eis o terceiro filme baseado no quarteto de livros que formam as memórias de infância do grande escritor e realizador Marcel Pagnol. Em “O Meu Verão em Provença”, adaptado de “O Tempo dos Segredos”, estamos em 1905 e o jovem Marcel (Léo Campion) acabou a escola primária e vai gozar três meses de férias antes de começar o liceu. E irá vivê-los em pleno com Lili, o seu melhor amigo, nos campos da Provença.
Policial: “Maigret”
De Patrice Leconte
Gérard Depardieu estreia-se neste filme a interpretar o inspetor Jules Maigret, a imortal criação de Georges Simenon, sucedendo assim a nomes como Pierre Renoir, Harry Baur, Charles Laughton, Jean Gabin, Pierre Richard, Bruno Cremer ou Rowan Atkinson, que o viveram no cinema e na televisão. A intriga de “Maigret” gira em redor de uma rapariga que é encontrada morta numa praça de Paris, usando um luxuoso vestido de noite e sem qualquer documento que possibilite a sua identificação.
Família: “Uma Bela Manhã”
De Mia Hansen-Love
Léa Seydoux, Nicole Garcia, Pascal Greggory e Melvil Poupaud são os principais intérpretes desta nova realização de Mia Hansen-Love. Sandra é uma jovem mãe solteira que está a criar uma filha de oito anos sozinha, tem um pai que sofre de uma doença neurodegenerativa e a está a tentar convencer a família que o internamento será o melhor para ele. Entretanto, reencontra um amigo e envolve-se com ele, apesar deste ter uma namorada.
Biografia: “Simone — A Viagem do Século”
De Olivier Dahan
Rebecca Marder e Elsa Zylberstein personificam Simone Veil em duas fases da sua existência, nesta fita que recria a vida daquela que foi uma das mais destacadas políticas francesas do século XX. Na adolescência, Veil sobreviveu aos campos de concentração alemães na II Guerra Mundial. Foi depois magistrada, ministra de vários governos e a primeira mulher a presidir ao Parlamento Europeu, em 1979.
Gastronomia: “Champagne!”
De Nicolas Vanier
O protagonista desta comédia de comes e bebes é Patrick (Stéphane De Groodt), um cinquentão que se vai finalmente casar e junta os amigos mais próximos para um fim-de-semana numa vinha da região de Champagne, para celebrar a sua despedida de solteiro. O problema é que todos os amigos de Patrick detestam a sua futura mulher, o que poderá muito bem estragar o fim-de-semana de comida, copos e convívio que ele preparou com todo o cuidado.
Teatro: “Edmond”
De Alexis Michalik
Paris, Dezembro de 1897. Depois de ter assinado duas peças para Sarah Bernhardt, o poeta e dramaturgo Edmond Rostand (Thomas Solivérès) não conseguiu escrever mais nada nos últimos dois anos. Preocupado e ansioso, decide então oferecer ao grande ator Constant Coquelin (Olivier Gourmet) a sua nova peça, que ainda não começou a escrever. É uma comédia heroica em verso, da qual tem apenas o título: “Cyrano de Bergerac”.
Banda Desenhada: “O Menino Nicolau — A Felicidade Não Pode Esperar”
De Amandine Fredon e Benjamin Massoubre
Criado por Sempé e Goscinny em 1956, a personagem do menino Nicolau é agora protagonista de um filme animado, depois dos três filmes de imagem real, e que ganhou o Cristal de Melhor Longa-Metragem no Festival de Cinema de Animação de Annecy. Além de viver muitas peripécias em casa, na escola e nas ruas, Nicolau interage aqui também com os seus dois “pais”, que têm as vozes de Laurent Laffite (Sempé) e Alain Chabat (Goscinny).
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