Há cerca de sete séculos que esta espada estava desaparecida. Pertencia a D. Dinis, só foi descoberta em 2020 e, esta segunda-feira, foi retirada do túmulo do sexto rei de Portugal, que está na Igreja do Mosteiro de Odivelas. Para a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), esta espada “feita de ferro, punho de prata e aplicação de esmalte, é uma das raras espadas régias encontradas ‘in situ’ na Europa”.
Os trabalhos de conservação do túmulo de D. Dinis começaram em 2016, ano em que foram identificados os materiais ali existentes e apuradas as técnicas a utilizar. E, através da introdução de um endoscópio, “foram identificados restos esteológicos humanos e restos de tecido, misturados com materiais procedentes de obras contemporâneas”, como entulho, cimento, folhas e madeira. Esta sonda revelou que era possível abriu o túmulo sem danificar o conteúdo.
Mais tarde, foi feita uma “inspeção radiográfica”. E, nesta fase dos trabalhos, foi identificada uma espada, “que apesar de ter a ponteira destacada, se encontrava em relativamente bom estado de conservação”, explica a DGPC no seu site. Os técnicos responsáveis por este restauro tiveram então de equacionar os vários cenários possíveis, “relativamente à permanência ou levantamento da espada”.
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“Depois de analisados os relatórios, sobre esta questão, das diferentes equipas envolvidas, foi decidido pela Direção da DGPC o levantamento integral do espólio do interior do túmulo”, adiantou a DGPC, que assumiu o financiamento integral desta intervenção.
Agora, a espada que esteve no túmulo de D. Dinis desde a sua morte, em 1325, será estudada e restaurada.