O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior vai lançar na sexta-feira um programa com o objetivo de reduzir o insucesso e o abandono no ensino superior, destinado sobretudo aos novos alunos.
O “Programa de Promoção de Sucesso e Redução de Abandono no Ensino Superior” vai ser apresentado durante um seminário sobre o mesmo tema que se realiza sexta-feira na Universidade do Minho, em que participam a ministra Elvira Fortunato e o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira.
Em comunicado, a tutela explica que o objetivo é consolidar o efeito das medidas de apoio financeiro e ações inovadoras de ensino aprendizagem que já estão em curso nas universidades e politécnicos no âmbito do projeto “Skills 4 pós-Covid”.
Por outro lado, o programa responde ao objetivo assumido pelo Governo de atingir, até 2030, uma taxa média de frequência do ensino superior de 60% entre os jovens com 20 anos e de 50% de graduados na faixa etária entre os 30 e 34 anos.
A promoção de um sistema de ensino superior de qualidade deve incluir o fortalecimento dos instrumentos de antecipação e mitigação das situações de insucesso e de abandono”, refere o Ministério.
Segundo a nota, esses instrumentos passam por uma intervenção precoce na identificação de fatores de risco e na promoção de metodologias de ensino e avaliação “que favoreçam a qualidade e profundidade da aprendizagem”.
O programa destina-se sobretudo aos alunos que ingressem pela primeira vez no ensino superior, uma opção que o ministério justifica “pela importância desta fase inicial no percurso subsequente dos estudantes”.
Durante o seminário para o lançamento da iniciativa, vão também ser apresentados projetos e boas práticas em mentoria e tutoria, bem como três projetos de predição do abandono e insucesso com recurso à inteligência artificial.
As iniciativas das universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro, Porto e do Instituto Politécnico do Cávado e Ave pretendem criar um programa de tutoria assistida por inteligência artificial, um modelo de análise preditiva com base em informação sociodemográfica e de desempenho académico dos estudantes em anos anteriores, e um sistema de alerta que permita sinalizar e monitorizar situações de risco.