O presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas, defendeu esta quinta-feira como prioridades para o seu mandato de dois anos na presidência executiva da UCCLA a transição energética, o combate à pobreza e a defesa da mobilidade no mundo lusófono.

Carlos Moedas definiu as três prioridades como o eixo central do seu mandato para o biénio 2022-2024 à frente da Comissão Executiva da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), aprovado esta quinta-feira na XXXVIII Assembleia Geral da organização.

Estão assim determinadas as prioridades. As nossas prioridades que são realmente aquelas que devemos ter claras para este mandato e que vos peço o vosso apoio. Prioridades determinantes para o futuro neste mundo de incerteza e instabilidade”, disse Carlos Moedas.

O novo presidente da Comissão Executiva salientou que a UCCLA “foi sempre um projeto de cooperação e de convivência”.

“Um projeto pioneiro na cooperação e convivência entre os nossos povos, um projeto pioneiro do qual Lisboa tem hoje orgulho de assumir a Presidência rotativa”, acrescentou.

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A UCCLA, definiu Carlos Moedas, “é mais do que uma plataforma para a cooperação do desenvolvimento e a aplicação destas políticas públicas”, considerando que a organização é “uma união de línguas que foi pioneira nessas línguas, nessa cultura que é a nossa, pioneira na criação da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] que une os nossos países numa plataforma de maior amplitude”.

A nossa vocação obriga-nos a ter também um papel ativo e participativo na CPLP. E, portanto, a terceira prioridade que eu gostaria de assumir, perante voz é uma prioridade para todos nós: de uma UCCLA que influencie a ação no quadro da CPLP, que respeita a visão estratégica da Comunidade, mas que está atenta a sua implementação”, adiantou.

Carlos Moedas destacou também na sua intervenção a participação da Câmara de Lisboa, desde maio, em Díli, num “grande projeto de reforço da governação urbana, de inclusão social, do empreendedorismo, apoiado pela União Europeia”.

Este projeto, apresentado pela UCCLA à União Europeia, que o financia, e que se denomina “Parceria para o Reforço da Governação Urbana, Inclusão Social e Promoção do Empreendedorismo”, tem um horizonte temporal de três anos.

Criada em 28 de junho de 1985, a UCCLA foi a expressão prática de um sonho do então presidente da câmara de Lisboa, Nuno Krus Abecassis, com a assinatura do ato de fundação da União das Cidades Capitais Luso-Afro-Americo-Asiáticas, pelas cidades de Bissau, Lisboa, Luanda, Macau, Maputo, Praia, Rio de Janeiro e São Tomé/Água Grande.

A organização conta atualmente com 29 cidades efetivas, tendo a entrada de Icolo e Bengo (Angola), Fortaleza (Brasil), Fundão (Portugal) e Baucau, Ermera e Viqueque (Timor-Leste) sido formalizada na Assembleia Geral que esta quinta-feira decorreu em Lisboa.