O Tribunal de Instrução Criminal determinou que o pai e a mãe de um aluno de 9 anos suspeitos de agredirem uma docente na Figueira da Foz ficam proibidos de se aproximarem da escola onde ocorreram os factos.

Os dois arguidos foram sujeitos a primeiro interrogatório judicial, na sexta-feira, tendo a juíza de Instrução Criminal determinado as medidas de coação a aplicar aos dois arguidos, pelos crimes alegadamente praticados em 11 de outubro, referiu o Ministério Público de Coimbra, numa nota publicada esta segunda-feira no seu site.

Além de estarem proibidos de se aproximarem da escola, com exceção da entrega e da recolha do filho mais novo no edifício da pré-primária, o casal não pode contactar a vítima por qualquer meio e fica obrigado a manter uma distância “não inferior a 300 metros”.

Os suspeitos não podem também aproximar-se ou contactar por qualquer meio as testemunhas associadas ao processo.

Na sua nota, o Ministério Público (MP) refere que os arguidos, “e mais 10 mulheres que os acompanhavam, desferiram murros e pontapés no corpo da professora, depois de uma das mulheres a ter segurado pelos cabelos, ao mesmo tempo que a ameaçavam de morte”.

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Vila Verde: professora agredida à porta da escola. Município da Figueira da Foz repudia incidente

A dada altura, quando a vítima tentava fugir, os arguidos e as mulheres que os acompanhavam intensificaram as agressões, fazendo-a cair no chão por força dos murros e pontapés que lhe infligiram, e arrastaram-na pelo solo do recreio da escola, puxando-a pelos cabelos”, acrescenta.

A professora em causa, com cerca de 40 anos, foi agredida no Centro Escolar de Vila Verde, que integra o Agrupamento de Escolas Figueira Mar.

A agressão estará relacionada com uma altercação entre alunos na semana passada, que terá sido travada pela docente.

Na altura, o município da Figueira da Foz (distrito de Coimbra) repudiou a agressão, com o presidente, Pedro Santana Lopes, que se deslocou àquela escola, a salientar que a autarquia está atenta à situação e em contacto com as forças de segurança, já que “os pais dos alunos estão preocupados”.

Dois dias depois do incidente, o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) e a Federação Nacional de Professores (Fenprof) condenaram a agressão e disponibilizaram apoio jurídico para eventual recurso à justiça.