Os Estados Unidos condenaram o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) disparado esta quinta-feira pela Coreia do Norte, e apelaram à aplicação rigorosa das sanções da ONU contra Pyongyang.

O lançamento “sublinha a necessidade de todos os países implementarem plenamente as resoluções do Conselho de Segurança” da ONU de sancionar a Coreia do Norte, disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price. O lançamento do ICBM parece ter falhado, disse o exército sul-coreano.

Outros dois mísseis foram lançados sobre o Japão, em direção ao Pacífico, o que obrigou o Governo nipónico a emitir alertas à população de algumas regiões para que procurassem abrigo ou permanecessem em casa.

Os lançamentos ocorreram um dia depois de a Coreia do Norte ter disparado mais de 20, o maior número contabilizado num único dia.

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Tensão aumenta na península coreana após Pyongyang disparar mais de 20 mísseis

Um desses mísseis voou na direção de uma ilha sul-coreana povoada e caiu perto da tensa fronteira marítima dos vizinhos rivais. As sirenes de ataque aéreo forçaram os moradores da ilha de Ulleung a procurar abrigo.

A Coreia do Sul respondeu rapidamente, lançando mísseis para a mesma área da fronteira marítima.

Os lançamentos de quarta-feira ocorreram horas depois da Coreia do Norte ter ameaçado usar armas nucleares para fazer com que os Estados Unidos e a Coreia do Sul “paguem o preço mais horrível da história“, em protesto contra os exercícios militares sul-coreanos e norte-americanos em curso, vistos pelo regime de Kim Jong-un como um ensaio para uma possível invasão.

A Coreia do Norte tem aumentando as demonstrações de armas a um ritmo recorde este ano, tendo disparado já dezenas de mísseis, incluindo a primeira demonstração de mísseis balísticos intercontinentais desde 2017, enquanto explora uma eventual distração criada pela invasão russa da Ucrânia para impulsionar o desenvolvimento de armas.

As duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito de 1950-53 terminou com a assinatura de um armistício e não de um tratado de paz.