Alexandra Leitão começou, vários dirigentes socialistas continuaram e agora Isabel Moreira junta-se ao coro de críticas ao secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves. “Demita-se ou seja demitido”, sugeriu a deputada do PS no programa “Crossfire” transmitido esta segunda-feira na CNN Portugal.
Para Isabel Moreira, as polémicas em que Miguel Alves se envolveu são “difíceis de explicar”. “É arguido em dois processos e acha que pode demorar duas semanas a explicar, dizendo que está a enviar uma carta à Procuradoria-Geral da República e escuda-se num parecer de um professor”, atirou a deputada sobre as justificações de Miguel Alves, algo que, a seu ver, “é coisa que um eleito não pode fazer”.
“Não se explica de forma satisfatória, os factos são opacos e vitimiza-se”, prosseguiu Isabel Moreira nas críticas a Miguel Alves, lembrando que o secretário de Estado alegou que é perseguido pela Justiça “porque não é de uma determinada elite de Lisboa é há preconceito”. “É politicamente insustentável”, afirmou a deputada, isto principalmente “se os factos forem verdade”.
Recusando uma comparação com outros “casos e casinhos”, Isabel Moreira sinalizou que não se pode comparar com, por exemplo, o que aconteceu com o ex-primeiro-ministro, José Sócrates. “Na altura, António Costa esteve bem, porque José Sócrates estava fora do poder”. “Mas nós não podemos dizer isso de um deputado”, que tem “os mesmos direitos de todos os cidadãos”, mas tem “mais deveres” porque representa o povo.
A ser verdade os factos, Isabel Moreira frisou que são “graves”. “Precisamos da verdade, para explicar e comunicar e não baralhar tudo num grande saco”, defendeu a socialista.