As fortes tempestades que atingiram o norte do Atlântico e o Mediterrâneo em 2020 causaram significativos danos económicos e ambientais, indica o relatório do estado do oceano do programa europeu Copernicus divulgado esta quinta-feira.

Entre elas encontra-se a tempestade Glória, que devastou a costa espanhola do Mediterrâneo, passando depois por Portugal, e o ciclone Ianos, que atingiu sobretudo a Grécia.

O serviço do meio marinho do Copernicus – Programa de Observação da Terra da União Europeia lança anualmente um relatório sobre o estado do oceano global e dos mares regionais europeus, apresentando este último conclusões relativas a 2020.

No referido ano, o Mar Mediterrâneo foi afetado por “ondas de calor marinhas fora do comum”.

Em 2019/20, as ondas de calor no inverno e um inabitual nível de calor no Mar Báltico causou a menor extensão de gelo marinho registada desde 1720″, refere o relatório.

Também a extensão do gelo no Ártico foi em 2020, em média, a menor já observada por satélite.

Entre as suas principais conclusões, o relatório assinala que um aumento médio da temperatura da superfície do mar de aproximadamente 0,43 ºC desde 1993 “prejudicou os ecossistemas marinhos”.

Os cientistas daquele serviço do Copernicus examinam no relatório a evolução das mudanças no oceano “em sintonia com as alterações climáticas”, analisando variações e fenómenos climáticos extremos e a sua influência no oceano e no clima.

O trabalho foi divulgado quando decorre até ao próximo dia 18 no Egito a conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP27).

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