Um tribunal de Teerão condenou à morte este domingo, pela primeira vez, uma pessoa acusada de participar nos “motins” no Irão, indicou a agência da autoridade judicial Mizan.
Segundo o veredicto que ditou a condenação à pena capital, a pessoa julgada foi considerada culpada de “ter incendiado um edifício governamental, de perturbar a ordem pública, de reunião e conspiração para cometer um crime contra a segurança nacional, e inimigo de Deus e corrupção na terra”, precisou a agência, sem divulgar qualquer nome ou idade.
Um outro tribunal da capital iraniana condenou cinco pessoas a penas de prisão que vão de cinco a 10 anos por “reunião e conspiração para cometer crimes contra a segurança nacional e perturbar a ordem pública”.
Repressão dos protestos no Irão provocou 326 mortos, segundo a ONG Iran Human Rights
Trata-se de tribunais de primeira instância e os condenados podem recorrer, precisou a Mizan.
O Irão tem sido abalado por uma vaga de manifestações desde a morte, no passado dia 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos, detida três dias antes pela polícia da moralidade por violar o rígido código de vestuário da República Islâmica.