O Luxemburgo é, tradicionalmente, um dos países europeus acusados de oferecer condições fiscais demasiado favoráveis para atrair multinacionais, poupando milhões. A União Europeia não concorda com as vantagens concedidas, o que a levou a perseguir empresas como a Fiat Chrysler, mas também gigantes como a Apple e Amazon, que localizaram no Luxemburgo a operação europeia. Isto além de ter debaixo de olho a Ikea e a Nike, com a sede europeia nos Países Baixos.

A responsável na União Europeia por “caçar” os que abusam da legislação antitrust, Margrethe Vestarger, perseguia desde 2015 a Fiat Chrysler por “vantagens fiscais indevidas, por recorrer a métodos complexos e artificiais para reduzir a carga fiscal”. Um tribunal luxemburguês decidiu favoravelmente a Vestarger em 2019, mas o tribunal europeu deliberou de outra forma, criticando a análise que os serviços da União fizeram do sistema, de acordo com a Reuters.

A Stellantis, que hoje integra igualmente os construtores da antiga Fiat Chrysler, emitiu um comunicado, em que diz estar satisfeita com a solução encontrada, salientando que a Comissão Europeia estava a analisar o problema sob o ângulo errado. E, no processo, a Stellantis liderada pelo português Carlos Tavares, poupou 30 milhões de dólares.

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