Lionel Messi é um ídolo. Para outros jogadores, para treinadores, para adeptos de futebol, para estrangeiros e, principalmente, para argentinos. E aí, no capítulo dos argentinos, não há exceções — nem jornalistas. Os jornalistas que esta segunda-feira aplaudiram Messi quando o jogador se levantou para sair da conferência de imprensa que tinha acabado de dar.

Na antevisão da estreia da Argentina no Mundial do Qatar, já esta quarta-feira a partir das 10h contra a Arábia Saudita, o avançado do PSG voltou a confirmar que este será o último Campeonato do Mundo da carreira e garantiu estar nas melhores condições físicas para ajudar a seleção. Ainda que, horas antes, tenha surgido uma fotografia impressionante do inchaço no tornozelo esquerdo de Messi durante o treino, sendo que o jogador falhou as primeiras sessões de trabalho no Qatar devido a uma “sobrecarga” no gémeo.

“É o meu último Mundial, seguramente. É a última oportunidade para chegar a este grande sonho. Sinto-me muito bem fisicamente e chego num grande momento físico e pessoal. Não tenho problema nenhum. Treinei à parte no outro dia porque tinha uma dor e foi por precaução, nada de especial”, começou por dizer o argentino antes de relativizar a ideia de estar a viver o “momento mais feliz” da carreira. “Quero viver o presente e desfrutar. Não sei se é o momento mais feliz da minha carreira mas estou muito bem. Tenho outra idade, estou mais maduro e só quero aproveitar ao máximo e viver o Mundial com muita intensidade”, acrescentou.

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A verdade é que, cerca de um ano depois de conquistar a Copa América, a Argentina surge no Mundial do Qatar como uma das principais favoritas a ganhar o título. Com Messi num bom momento de forma que tem estado em evidência no início da temporada do PSG e Dybala, Lautaro e até Enzo Fernández a acompanharem-no, a seleção de Lionel Scaloni parte numa pole-position partilhada com o Brasil na corrida até a uma eventual final.

Paralelamente à conferência de Messi no Qatar que acabou com aplausos por parte dos jornalistas, a Argentina voltou a deixar claro que no país a paixão pelo futebol tem poucos ou nenhuns limites. O Senado argentino prepara-se para passar grande parte do período temporal em que decorre o Mundial sem qualquer atividade — ou discutindo apenas os assuntos em que existe consenso com a oposição — porque um dos senadores pediu uma licença especial de um mês. Para quê? Para ir até Doha assistir aos jogos da seleção.