Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) vão discutir na terça-feira, na Albânia, a parceria com os países dos Balcãs Ocidentais, vista como “mais importante que nunca” devido à invasão russa da Ucrânia.

“À medida que a Rússia intensifica a sua guerra de agressão contra a Ucrânia, a parceria estratégica entre a União Europeia e a região dos Balcãs Ocidentais é mais importante do que nunca”, sublinha o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na carta convite enviada aos líderes da UE.

De acordo com o responsável, a reunião de alto nível decorre assim “num momento oportuno”, pelo que um dos temas em debate será “o combate ao impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia, incluindo no que diz respeito ao setor energético e na construção de uma base económica sólida para o futuro, através da implementação do Plano Económico e de Investimento”, numa altura de receios de perturbações no fornecimento de energia à Europa este inverno e de elevada inflação.

Em cima da mesa estará também a “intensificação do envolvimento político”, assim como o “reforço da segurança e da resiliência, incluindo através da abordagem de ameaças cibernéticas e outras ameaças híbridas, a gestão das migrações e a luta contra o terrorismo”, elenca Charles Michel.

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“Esta será também uma ocasião importante para discutir como reforçar a cooperação regional e resolver conflitos regionais, bem como abordar outros desafios regionais”, assinala o responsável.

Salientando que “a região tem uma clara perspetiva da UE”, Charles Michel adianta que o bloco comunitário é também “o parceiro mais próximo dos Balcãs Ocidentais, principal doador, principal investidor e parceiro comercial”.

A UE tem vindo a desenvolver uma política de apoio à integração progressiva dos países dos Balcãs Ocidentais.

Em 2023, a Croácia tornou-se o primeiro país dos Balcãs Ocidentais a aderir à UE, sendo que o Montenegro, a Sérvia, a Macedónia do Norte e a Albânia são oficialmente países candidatos.

Entretanto, foram iniciadas negociações e abertos procedimentos de adesão com o Montenegro e a Sérvia, enquanto a Bósnia-Herzegovina e o Kosovo são candidatos potenciais à adesão.