Apenas dois candidatos se apresentaram à fase de qualificação do concurso para o “navio multipropósito” idealizado por Gouveia e Melo para a Marinha Portuguesa, mas a Marinha não recebeu qualquer proposta. Dos dois candidatos que se apresentaram, apenas um se qualificou, mas nem esse chegou sequer a apresentar proposta, diz ao Diário de Notícias fonte oficial do gabinete do Chefe de Estado-Marior da Armada (CEMA). O resultado, para já, é um projeto de mais de 100 milhões de euros, do PRR, em pausa.

Aplicação do PRR na Marinha entre os desafios do novo CEMA Gouveia e Melo

Tido com um dos projetos “disruptivos” e “inovadores” que o Almirante Gouveia e Melo tinha lançado, canalizando das verbas disponíveis no Plano de Recuperação e Resiliência, o projeto tem um financiamento já aprovado de 100 milhões de euros que para já não avançam. Ainda assim, a Marinha garante que não vai desistir do projeto. “O projeto contemplava este possível cenário e por isso estão previstas opções jurídicas que serão exploradas no sentido de prosseguir este importante projeto com vista à sua concretização”, diz ao DN o porta-voz do gabinete do Almirante Gouveia e Melo.

O navio científico, que será uma espécie de base em alto-mar, terá laboratórios científicos e alojamento para 90 pessoas em permanência, podendo embarcar até mais 100 pessoas, caso seja necessário por exemplo para retirar pessoas de emergência.

Um dos principais desafios da chefia de Gouveia e Melo da Marinha Portuguesa, é precisamente a criação da plataforma logístico-científica, que inicialmente se estimava ter um custo de 112 milhões de euros. Terá sido essa, aliás, uma das razões a pesar também na hora de escolher Gouveia e Melo para liderar a Marinha já que o homem — até então conhecido dos portugueses como o responsável pelo sucesso da vacinação do país–, foi também um dos ideólogos envolvido na conceptualização desta plataforma.

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