A presidente executiva da TAP disse hoje à Lusa lamentar a decisão do sindicato dos tripulantes de manter a greve desta semana e de marcar mais paralisações, manifestando-se disponível para tentar encontrar soluções que evitem mais disrupções.

“Estamos muito tristes, eu espero que consigamos reunir-nos novamente depois destes dois dias [de greve na quinta e sexta-feira] e tentar encontrar uma solução para evitar uma disrupções para toda a gente“, afirmou a presidente executiva da TAP, em declarações à Lusa.

Christine Ourmières-Widener lamentou “profundamente” a decisão do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e vincou que a empresa “está disponível” para se reunir com o sindicato, depois dos dois dias de greve de tripulantes, esta semana, que o SNPVAC decidiu neste dia, em assembleia-geral, manter.

Os associados do SNPVAC decidiram ainda marcar mais pelo menos cinco dias de greve até 31 de janeiro.

Esperamos encontrar soluções“, sublinhou a presidente executiva da TAP, lembrando que a última proposta apresentada pela TAP ia ao encontro de nove das 14 exigências do sindicato e representava, no seu conjunto, um ganho de oito milhões de euros para os tripulantes.

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Christine Oumières-Widener reiterou que a “única condição” exigida pela TAP era a antecipação da assembleia-geral que decorreu hoje, para ter mais tempo para arranjar alternativas aos clientes, caso se mantivesse a greve.

“Adicionalmente, é do conhecimento geral que assinámos um acordo de emergência no ano passado, que contempla questões nas quais concordámos e que são a única forma de sermos sustentáveis no futuro, com decisões, por exemplo, sobre o número de tripulantes nos voos, que não podemos alterar”, apontou a gestora, frisando que “não é possível alterar este compromisso com o SNPVAC” e que “eles sabem disso”.

Questionada sobre a abertura da empresa para acolher algumas das exigências do sindicato e, assim, prevenir mais greves, a presidente executiva considerou que ceder “em nove dos 14 pontos apresentados pelo sindicato é muito, em qualquer discussão”.

“É importante garantir que todos temos presente que a TAP é estratégica para o país e que a sobrevivência da TAP e que um melhor resultado financeiro — que já mostrámos no terceiro trimestre — são críticos para o futuro. Para o futuro da companhia, para o futuro do país e também para o futuro do emprego de todos os trabalhadores da TAP”, rematou.