Os eleitores do estado norte-americano da Georgia escolheram o reverendo Raphael Warnock para ocupar o último assento vago no Senado, dando aos democratas mais influência na câmara alta do Congresso.

Segundo projeções da imprensa dos Estados Unidos, Warnock, de 53 anos, conseguiu a reeleição, batendo o republicano Herschel Walker, uma ex-estrela de futebol americano, apoiada por Donald Trump.

Raphael Warnock obteve cerca de 37 mil votos mais do que Herschel Walker na primeira volta de 08 de novembro. No entanto, o democrata ficou aquém da maioria, o que exigiu uma segunda volta, desta vez numa votação sem um terceiro candidato.

Com um perfil controverso, Herschel Walker foi duramente criticado na campanha para as intercalares após se ter posicionado firmemente contra o aborto, apesar de duas mulheres o acusarem de financiar as suas interrupções de gravidez.

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Já Raphael Warnock, apoiado pelo ex-presidente Barack Obama e à procura da reeleição, é um pastor da igreja de Martin Luther King Jr. e primeiro senador afro-americano da Georgia.

Em dois anos, esta foi a quarta campanha de Raphael Warnock, que concorreu pela primeira vez em 2020 contra o senador republicano Kelly Loeffler para concluir o mandato do ex-senador Johnny Isakson. Essa corrida foi a uma segunda volta em janeiro de 2021, da qual o democrata saiu vencedor.

Com a vitória de Raphael Warnock, os democratas garantem 51 assentos no Senado, contra 49 dos republicanos.

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O controlo do Senado não dependia desta eleição, uma vez que os democratas já tinham garantido a maioria através dos 50 assentos que conseguiram nas intercalares, que se juntavam ao voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris.

A eleição de Raphael Warnock representou também um revés para a recém-lançada campanha presidencial de Donald Trump para 2024, uma vez que o ex-chefe de Estado declarou abertamente apoio a Herschel Walker.

Esta foi a quinta vez em quatro anos que os cidadãos da Georgia foram às urnas – quatro vezes para eleições intercalares e uma para as presidenciais. Isso deve-se a uma peculiaridade na lei eleitoral do estado que exige que os candidatos vencedores para cargos estaduais nas eleições gerais não apenas obtenham mais votos do que todos os outros, mas pelo menos 50% dos votos expressos.