Após a derrota presidencial para Lula da Silva, no dia 30 de outubro, Jair Bolsonaro quebrou, finalmente, o silêncio. Após muita especulação sobre a sua reclusão, o atual presidente, que cessa funções a 1 de janeiro de 2023, falou aos apoiantes.
De acordo com a Reuters, Bolsonaro falou para centenas de apoiantes que se reuniram às portas da residência presidencial, o palácio da Alvorada, em Brasília. “Quem decide para onde eu vou são vocês. Quem decide para onde vão as forças armadas são vocês”. Há praticamente quarenta dias calado, o presidente admitiu que lhe “dói, dói na alma“.
Citado pelo jornal Globo, o conservador atesta que muitos reclamaram da sua decisão de permanecer afastado dos holofotes. Este justifica que “se saísse e desejasse um bom dia, tudo seria deturpado, tudo seria distorcido”. No entanto, “responsabilizou-se pelos seus erros“, mas pediu que não critiquem sem saber tudo o que está a acontecer.
Nas redes sociais circulam vários vídeos do discurso, onde Bolsonaro acrescenta que as Forças Armadas estão unidas ” como o “último obstáculo para o socialismo” e que devem lealdade ao povo e respeito à Constituição, e ainda são responsáveis pela liberdade”. A mesma fonte adianta que o silêncio do conservador após os resultados eleitorais contribuiu para incentivar as manifestações fora das bases militares, que resultou nos bloqueios das estradas que pararam o país.
"As forças armadas são o último obstáculo para o socialismo. Tenho certeza que estão unidas. Devem lealdade ao povo e respeito à Constituição. E são responsáveis pela nossa liberdade", disse Bolsonaro a apoiadores. pic.twitter.com/q941Ic9dmf
— Metrópoles (@Metropoles) December 9, 2022
Brasil. Bloqueios de estradas continuam após três semanas da derrota de Bolsonaro
Bolsonaro discursou acompanhado pelo ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto e do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, pouco tempo depois do sonho do hexa ter terminado para o Brasil, no Mundial do Qatar.