“Quanto aos telefonemas não vou criar aqui mais fricção, mais irritação. Sinto que há alguma irritação. Do meu lado estou bem”, Reagiu Carlos Moedas às declarações de António Costa.

“Não vou fazer mais comentários. Aquilo que eu preciso do Governo é claro: soluções rápidas. Nós tivemos dias muito difíceis. É preciso estar ao lado da população e é aí que eu estava.”

“Eu diria ao Sr. Primeiro ministro que o trabalho foi muito. Eu fui eleito pelos lisboetas. Estarei aqui com os lisboetas e pelos lisboetas. Usando as palavras do Sr. Primeiro Ministro ‘tem de se habituar a isso’”, afirmou Carlos Moedas esta sexta-feira aos jornalistas, no Teatro Aberto.

“Nós vamos ajudar. Mas o Governo tem de ajudar com muito mais”, disse Carlos Moedas que confirmou ter recebido telefonemas de outros membros do Governo, nomeadamente, do ministro José Luís Carneiro (Administração Interna) e da ministra Ana Abrunhosa (Coesão Territorial). “Portanto eu tive esse acompanhamento de certa forma”, concluiu. “Peço ao Governo essa ajuda. O meu ponto é pedir ajuda ao Governo. Eu vou fazer a minha parte, vou lançar um fundo para ajudar rapidamente.” Moedas disse não estar agendada nenhuma visita de membros do Governo.

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“Nós tivemos uma situação muito difícil na cidade. Aqui não é os casos concretos. Obviamente, como Presidente da Câmara estava a comandar toda esta operação. Comandar esta operação é estar nos casos mais graves, com os lisboetas, aqueles que estavam sem nada”, respondeu Moedas à pergunta se se arrependia de não ter ligado ao primeiro-ministro, que disse também ter tido a sua casa inundada. “O importante não é estarmos a falar se a casa de um ou de outro foi afetada. O que tem interesse agora é ajudar os lisboetas mais afetados”, concluiu.

“Tivemos na primeira vez trezentas e muitas ocorrências. Da segunda vez seiscentas e muitas. Nessas ocorrências há ocorrências menos graves, eu estive nas mais graves”, relembrou o Presidente da Câmara de Lisboa. “Passei a noite com os lisboetas, aqueles que estavam em grandes dificuldades.”

Moedas lembra que houve dias que estiveram “mais de 400 pessoas no terreno”, a “defender os lisboetas”. Por isso disse que havia um agradecimento a fazer “e esse é aos bombeiros, a polícia, a proteção civil e aos trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa”.

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