A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva é o maior cliente público de eletricidade e um dos maiores consumidores a nível nacional. A conta de eletricidade da empresa ascenderá este ano aos 38 milhões de euros, um agravamento significativo, mais do que triplicar o valor de 2021.

Face ao aumento de custos, a EDIA teve de contrair um empréstimo, tendo-o feito junto do Estado. “No dia 26 de dezembro de 2022 foi contratualizado um empréstimo de médio e longo prazo entre a EDIA–Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A. e o Estado Português no montante de 13.822.146,00 euros, destinado a satisfazer as necessidades de financiamento da empresa, nomeadamente para fazer face aos pagamentos de gastos com energia”, diz em comunicado enviado à CMVM.

Ou seja, foram 13,8 milhões de euros que o Estado emprestou à EDIA para fazer face aos custos de energia

A EDIA tem um consumo anual na ordem dos 250 GW h, o equivalente a cerca de 100 mil casas, servidos essencialmente em alta e média tensão.

Concursos vazios e eletricidade cara. Grandes clientes públicos fazem contratos de curto prazo e IP admite voltar à tarifa regulada

A empresa teve um contrato com a Endesa, de 21 milhões de euros, e que terminou em agosto para o fornecimento de energia, tendo feito um outro com a mesma elétrica de 10 milhões para ter eletricidade até ao final do ano. Para 2023, a EDIA tinha aberto um concurso para o fornecimento de eletricidade, mas a empresa admitia que poderia ficar deserto.

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