O arranque do ano ficou marcado, no Norte do país, pelo mau tempo que levou a centenas de ocorrências, entre queda de árvores e inundações até à derrocada da muralha da Fortaleza de Valença. A ministra da Coesão espera que o levantamento dos danos, no património, em casas e negócios, esteja concluído nos próximos 15 dias e acredita que a candidatura ao “cartão-de-visita” de Valença a Património da Humanidade não ficará em risco.
Numa visita a Valença, a ministra Ana Abrunhosa defendeu que “o ideal era, nos próximos 15 dias, termos um levantamento dos danos” do mau tempo na região Norte, sendo que as autarquias já começaram esse trabalho. “Estaremos cá para apoiar dentro daquilo que legalmente o Governo tem para intervir“, afirmou, indicando que foi recentemente aprovada legislação que facilita a atribuição de apoios. “Temos de ver quem é que é afetado: equipamentos culturais, famílias, habitações, comércio, empresas. Esse levantamento tem de ser todo feito”, sublinhou, em declarações transmitidas pela RTP3.
Quanto à muralha da Fortaleza de Valença, que sofreu derrocadas no domingo, Ana Abrunhosa refere que a candidatura a Património da Humanidade ainda não foi submetida, mas está “em construção”. As zonas de risco já foram identificadas, antes do mau tempo, mas o agravamento do estado do tempo dos últimos dias pode ter provocado mais danos, que serão agora identificados e alvo de intervenção.
A ministra considera que a candidatura não fica em risco com a derrocada. A situação “vem alertar para a necessidade de, urgentemente, fazermos aquilo que estava planeado: identificar os pontos onde é mesmo urgente intervir. Isso só pode reforçar a candidatura”.
Mau tempo. Muralha da Fortaleza de Valença sofreu nova derrocada
Na tarde de domingo, parte da muralha da Fortaleza de Valença cedeu. Horas depois, sofreu uma nova derrocada. A parte da fortaleza que caiu fica na zona da Coroada, junto ao parque de estacionamento do município de Valença, no distrito de Viana do Castelo.