Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura e membro no núcleo de coordenação política de António Costa, considera que, mesmo depois da demissão de Carla Alves, agora ex-secretária de Estado da Agricultura, Maria do Céu Antunes, ministra com a tutela, não deve mais explicações sobre uma demissão que se concretizou em menos de 25 horas.

À entrada da conferência a propósito dos 50 anos do jornal Expresso, Pedro Adão e Silva pôs-se ao lado de Maria do Céu Antunes. “A explicação já foi dada quando a secretária de Estado renunciou ao cargo 24 horas depois [de o ter assumido]”, disse.

Confrontado com a hipótese de Carla Alves ter avisado a ministra sobre as circunstâncias em que se encontrava e, mesmo assim, ter sido nomeada — facto que a ministra já veio negar –, Adão e Silva desvalorizou. E encerrou o assunto. “A avaliação foi feita entre as duas e rapidamente se concluiu [que a saída seria a melhor solução]”.

Adão e Silva garantiu ainda que se mantém uma “ótima relação” entre Marcelo Rebelo de Sousa e o Governo, sendo essa relação “um dos fatores de estabilidade do país”.

O ministro recusou ainda ideia de que a autoridade do Governo esteja comprometida. “A autoridade do Governo depende de uma maioria no Parlamento, da boa coabitação com o Presidente e o diálogo com o país, e isso mantém-se inalterado”, disse.

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