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Eles tentaram tudo. Mas era o dia de Ricardo defender tudo (a crónica do Casa Pia-FC Porto)

Este artigo tem mais de 1 ano

Num dia em que Sérgio Conceição falhou um registo histórico, o FC Porto não foi além de um empate contra um Casa Pia com 10 (0-0) e caiu para o 3.º lugar. Ricardo Batista, pelo meio, defendeu tudo.

Casa Pia AC v FC Porto - Liga Portugal Bwin
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Os dragões jogaram 45 minutos em superioridade numérica

Getty Images

Os dragões jogaram 45 minutos em superioridade numérica

Getty Images

Desde que chegou ao FC Porto, em 2017, que Sérgio Conceição nunca se cansou de homenagear, recordar e sublinhar o legado de José Maria Pedroto. Quis o destino que, ao longo destes cinco anos, Conceição igualasse ou quebrasse os registos de Pedroto, um atrás do outro. Este sábado, contra o Casa Pia e no dia em que se assinalavam 38 anos desde a morte do histórico treinador dos dragões, o atual treinador dos dragões tinha a oportunidade de se tornar no técnico com mais vitórias pelo clube.

Em resumo, Sérgio Conceição entrava no Jamor com 215 triunfos pelo FC Porto, os mesmos que José Maria Pedroto, e podia sair com 216, um número que nunca ninguém havia atingido. Para isso, porém, precisava de vencer o Casa Pia — um surpreendente Casa Pia que surgia no 5.º lugar da Liga enquanto recém-promovido, ou seja, que na Europa era a melhor equipa de todas aquelas que subiram ao principal escalão no fim da época passada.

Ficha de jogo

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Casa Pia-FC Porto, 0-0

15.ª jornada da Primeira Liga

Estádio Nacional do Jamor, em Oeiras

Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve)

Casa Pia: Ricardo Batista, Fernando Varela, Vasco Fernandes, Zolotic, Lucas Soares, Ângelo Neto (Yan Eteki, 22′), Afonso Taira (Antoine, 66′), Derick Poloni, Kunimoto (Diogo Pinto, 75′), Clayton (João Nunes, 45′), Godwin (Vitó, 66′)

Suplentes não utilizados: João Victor, Eduardo Ferreira, Léo Bolgado, Rafael Martins

Treinador: Filipe Martins

FC Porto: Diogo Costa, João Mário (Danny Loader, 80′), Fábio Cardoso, Marcano, Wendell (André Franco, 80′), Otávio, Uribe (Pepê, 45′), Grujic (Stephen Eustáquio, 72′), Galeno, Gabriel Veron (Toni Martínez, 61′), Taremi

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, David Carmo, Rodrigo Conceição, Gonçalo Borges

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: nada a registar

Ação disciplinar: cartão amarelo a Lucas Soares (33′ e 45+1′), a Ricardo Batista (74′); cartão vermelho por acumulação a Lucas Soares (45+1′)

“A nossa obrigação é olhar para nós. Não é por ser bonito dizê-lo ou para estar aqui a dizer algo que é ou não evidente. Temos de ganhar os nossos jogos. Não dependemos só de nós, temos de ir atrás do prejuízo. Este jogo é importante para continuarmos a nossa caminhada em busca do 1.º lugar mas também pela capacidade do adversário, que tem bom espírito. Veremos o que nos reserva o jogo, o relvado, a qualidade do adversário e a nossa ambição em conquistar três pontos naquela que eu acho que é uma das deslocações mais difíceis. Temos de chegar lá e ganhar mas vai ser difícil”, atirou o treinador dos dragões, que precisavam de ganhar para voltar a ficar a cinco pontos da liderança do Benfica, que tinha derrotado o Portimonense na Luz na sexta-feira.

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Assim, neste contexto e sem poder contar com os lesionados Pepe, Zaidu e Evanilson, Sérgio Conceição não fazia alterações ao onze que goleou o Arouca na jornada anterior e mantinha a titularidade de Grujic e Gabriel Veron, deixando Eustáquio e Pepê no banco. Do outro, Filipe Martins não tinha Léo Natel, também por lesão, nem Romário Baró, que estava indisponível por estar cedido pelo FC Porto ao Casa Pia.

Os dragões entraram na partida com vontade de depressa chegar ao golo, com Uribe a rematar forte de fora de área para Ricardo Batista encaixar (3′) e Veron a atirar à malha lateral depois de uma assistência de Galeno (12′). O Casa Pia precisou desse quarto de hora inicial para consolidar os processos defensivos e encontrar a melhor forma de estagnar a profundidade do FC Porto — até porque atuava com uma linha defensiva muito estática e imóvel mas também algo subida no terreno, pormenor que permitia à equipa de Sérgio Conceição explorar o espaço que surgia à frente da grande área adversária.

Varela cabeceou ao lado naquela que foi a primeira aproximação do Casa Pia à baliza de Diogo Costa (21′), na sequência de um cruzamento de Poloni na esquerda, e o momento acabou por marcar o início de um equilíbrio moderado de que o conjunto de Filipe Martins beneficiou até ao fim. O FC Porto tinha mais bola, tinha mais presença no meio-campo adversário e tinha mais aproximações à baliza; mas os lisboetas não arriscavam saídas curtas, mantinham o setor intermédio bastante compacto nas transições e criavam algum perigo sempre que entravam no último terço dos dragões.

Filipe Martins foi forçado a mexer ainda dentro da meia-hora inicial, com Neto a sair lesionado para deixar entrar Yan Eteki, e Galeno ainda ameaçou o golo com um remate de fora de área que Ricardo Batista só agarrou à segunda devido ao ressalto na relva pouco razoável do Jamor (32′). O FC Porto apostava essencialmente na intensidade e na agressividade, reagindo rapidamente à perda da bola para criar situações de desequilíbrio no meio-campo oposto, mas o Casa Pia mantinha-se concentrado e nem sequer permitia verdadeiras oportunidades de golo.

Com o jogo já perto do intervalo, porém, o Casa Pia sofreu um revés que acabou por colocar em causa tudo o que restava da partida. Lucas Soares fez falta sobre Galeno na zona do meio-campo, viu o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando a equipa de Filipe Martins reduzida a 10 elementos com toda a segunda parte por disputar. Do outro lado, destaque para a exibição do mesmo Galeno, que ia sendo o principal responsável pelos desequilíbrios do FC Porto e impulsionava o rendimento de Gabriel Veron na ala contrária.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Casa Pia-FC Porto:]

Tal como seria de esperar, Filipe Martins mexeu ao intervalo e trocou Clayton por João Nunes, ajustando a equipa à inferioridade numérica. Do outro lado, porém, Sérgio Conceição também fez uma alteração e tirou Uribe para lançar Pepê, colocando Otávio mais perto de Grujic e o brasileiro mais próximo ao corredor. O FC Porto lançou-se num sufoco expectável ao Casa Pia, atuando por inteiro no meio-campo adversário, e os lisboetas pouco ou nada conseguiam fazer para além de segurar o empate e explorar a velocidade de Godwin com pontapés para a frente.

Galeno ficou perto de abrir o marcador com um cabeceamento por cima da baliza (57′), na sequência de um cruzamento de João Mário, mas Sérgio Conceição não quis continuar a aguardar e decidiu lançar Toni Martínez no lugar de Gabriel Veron à passagem da hora de jogo. A superioridade total do FC Porto mantinha-se, com Taremi a cabecear ao lado (61′) e Toni Martínez a falhar também o alvo com um remate rasteiro (62′), e Filipe Martins reagiu com as entradas de Vitó e Antoine.

Ricardo Batista tornou-se protagonista ao evitar três golos do FC Porto, com defesas a remates de Toni Martínez (70′ e 73′) e outro de Wendell (70′), e o treinador dos dragões fez o all in final ao lançar Stephen Eustáquio, Danny Loader e André Franco. A equipa de Sérgio Conceição passou os derradeiros minutos da partida a bombear bolas para a grande área, entre cruzamentos mais ou menos assertivos e um espírito de sacrifício assinalável por parte dos lisboetas, e o nulo acabou mesmo por não ser desbloqueado.

No fim, o FC Porto não foi além de um empate com o Casa Pia no Jamor e caiu para o terceiro lugar da Liga, atrás do Sp. Braga, ficando a sete pontos da liderança do Benfica. Num dia em que Sérgio Conceição falhou o registo histórico que o tornaria o treinador com mais vitórias pelo clube, os dragões tentaram tudo e até ultrapassaram a muralha defensiva dos adversários mas esbarraram em Ricardo Batista — que este sábado decidiu defender tudo e mais alguma coisa.

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