O piloto português João Ferreira (Yamaha), que venceu este domingo a oitava etapa na categoria de veículos ligeiros protótipos na 45.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno, disse estar com um “orgulho enorme”.

O leiriense, de 23 anos, que cumpre a sua primeira participação na prova, foi o mais rápido a cumprir os 346 quilómetros cronometrados entre Al Duwadimi e Riade entre os T3 (SSV protótipos), depois de já ter sido segundo classificado na quarta etapa e terceiro na sétima.

O piloto leiriense, campeão nacional e europeu de todo-o-terreno, concluiu a tirada com o tempo de 4:11.36 horas, deixando o segundo classificado, o chileno Francisco Lopez (Can-Am), a 17 segundos. O norte-americano Mitchell Guthrie (Can-Am), líder da geral da categoria, foi terceiro, a 2.02 minutos.

“Esta etapa correu-nos bem desde o início, uma vez que, depois do resultado obtido ontem (sábado), acabámos por conseguir partir um bocadinho mais à frente, não apanhámos pó e foi uma etapa 100% limpa, onde impusemos um ritmo forte”, começou por explicar o piloto de 23 anos, citado pela sua assessoria de imprensa.

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João Ferreira explicou, ainda, que “esta foi uma etapa dura, com muita pedra e areia no final, dunas muito grandes”.

“Ultrapassámos todos os desafios e conseguimos a nossa primeira vitória no Dakar. É um orgulho enorme levar mais longe o nome de Portugal com esta vitória e agora vamos aproveitar bem o dia de descanso para preparar da melhor forma a segunda semana de corrida. O objetivo não se altera, apesar destes bons resultados. Queremos estar no final da prova e continuar a evoluir diariamente”, disse ainda o piloto leiriense, que se tornou o 10.º piloto luso a vencer uma etapa do Dakar.

João Ferreira junta-se a Hélder Rodrigues (9), Carlos Sousa (6), Ruben Faria (4), Paulo Gonçalves (3), Duarte Guedes (1), Paulo Marques (1), Bernardo Vilar (1), Ricardo Leal dos Santos (1) e Joaquim Rodrigues Jr. (1), que já tinham vencido etapas desta competição.

Na mesma categoria, Hélder Rodrigues (Can-Am) foi este domingo o sétimo mais rápido, a 6.02 minutos do compatriota, com João Ré, que navega o saudita Saleh Alsaif (Can-Am), na 13.ª posição e Ricardo Porém na 14.ª.

João Ré é sexto classificado, a 3:47.44 horas do líder, o belga Guillaume de Mevius (Grally), que tem 3.19 minutos de vantagem sobre o norte-americano Austin Jones (BFG).

Ricardo Porém é 17.º, já a 11:07.18 horas do líder. Hélder Rodrigues é 31.º e João Ferreira 37.º.

Nos T4 (SSV derivados de série), o navegador português Fausto Mota, que corre com licença espanhola, foi nono, ao lado do piloto brasileiro Cristiano Batista (Can-Am), a 7.51 minutos do vencedor, o argentino Jeremias Ferioli (Can-Am). Pedro Bianchi Prata, que navega o brasileiro Bruno Oliveira (Can-Am), foi 15.º, a 12.40 minutos.

Paulo Oliveira (Can-Am) foi 38.º.

Na geral, Fausto Mota é sexto, a 1:17.05 horas do líder, o lituano Rokas Baciuska (Can-Am), Bianchi Prata é oitavo e Paulo Oliveira, que corre com licença de Moçambique, 27.º.

Nos automóveis, foi uma penalização a fazer a diferença, pois o espanhol Carlos Sainz (Audi), que foi dado como primeiro vencedor, sofreu cinco minutos de penalização e caiu para terceiro da etapa.

A vitória ficou, assim, para o francês Sébastien Loeb (BRX), com 2.11 minutos de vantagem sobre o líder da geral, o qatari Nasser Al-Attiyah (Toyota), com Sainz em terceiro, a 3.31 minutos.

Al-Attiyah aumentou ligeiramente a sua vantagem no comando da prova, com 1:03.46 horas de vantagem sobre o sul-africano Henk Lategan (Toyota), seu companheiro de equipa, e 1:20.22 horas sobre o brasileiro Lucas Moraes (Toyota).

Loeb subiu ao quarto lugar, mas já a 1:52.06 horas.

Na segunda-feira é dia de descanso na prova, com a competição a regressar na terça-feira, com 358 quilómetros cronometrados entre Riade e Haradh.