O Banco Mundial reviu em baixa as suas previsões de crescimento mundial para 2023, antecipando que seja de 1,7% contra 3% em junho passado, devido à inflação, à subida das taxas de juro e à guerra na Ucrânia.
No relatório sobre as perspetivas económicas mundiais, a instituição reviu as previsões para a quase totalidade dos países desenvolvidos e para quase 70% dos países emergentes ou em desenvolvimento, com um crescimento fraco nos Estados Unidos e nulo na Europa.
“Estou muito preocupado com o risco persistente de desaceleração. Segundo as nossas estimativas, o crescimento mundial entre 2020 e 2024 será inferior a 2%. Trata-se do crescimento mais fraco em cinco anos desde 1960″, declarou o presidente do Banco Mundial, David Malpass, numa conferência de imprensa telefónica.
Em 2024, é esperada uma recuperação mundial moderada de 2,7%.
A tendência é para piorar, com um risco real de recessão, em caso de novo choque na economia, seja causado por um ressurgimento de casos de Covid-19, pela inflação ou por tensões geopolíticas.
Nos países desenvolvidos, o abrandamento será mais sensível. A instituição prevê 0,5% de crescimento nos Estados Unidos (contra 1,9% em junho) e um crescimento nulo na zona euro (contra 1,9% na anterior previsão).
Os países emergentes também não serão poupados, o crescimento esperado na China é de 4,3% (um recuo de 0,9 pontos percentuais).