Lula da Silva, o Presidente do Brasil, demitiu este sábado o comandante do Exército, o general Júlio César de Arruda. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a demissão surge no meio de uma crise de confiança após os ataques de 8 de janeiro, quando apoiantes de Bolsonaro invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O general Júlio César de Arruda esteve menos de um mês no cargo — foi nomeado a 28 de dezembro, quando Jair Bolsonaro ainda estava no poder, a poucos dias da tomada de posse de Lula. Assumiu o cargo interinamente, como um acordo entre a equipa de transição de Bolsonaro e Lula, que tinha como objetivo garantir que assumia funções ainda da tomada de posse do novo governo.
O general foi mais tarde nomeado oficialmente pelo ministro da Defesa de Lula, José Múcio Monteiro, a 6 de janeiro, tendo sido escolhido pelo critério de antiguidade, relata a imprensa brasileira.
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Júlio César de Arruda vai ser substituído pelo general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, escreve o portal G1, da Globo. O novo comandante do Exército desempenhava funções como comandante militar do Sudeste desde 2021, zona que inclui o estado de São Paulo.
Depois da invasão de 8 de janeiro, Lula da Silva levantou dúvidas sobre a possível intervenção das Forças Armadas nos ataques. Lula disse mesmo que “muita gente das Forças Armadas” dentro do Palácio do Planalto terá sido conivente com a invasão. “Estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para esse gente entrar, porque não vi a porta de entrada quebrada”, afirmou o Presidente brasileiro.