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O Sérgio já lá estava e João Mário só teve de levar o brilhozinho nos olhos (a crónica do V. Guimarães-FC Porto)

Este artigo tem mais de 1 ano

Conceição tinha pedido "brilho no olhar" aos jogadores do FC Porto e João Mário não desiludiu, marcando 20 meses depois para garantir uma vitória importante, fora de casa, contra o V. Guimarães (0-1)

Vitoria Guimaraes v FC Porto - Liga Portugal Bwin
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O jovem lateral dos dragões fez o único golo do jogo nos descontos da primeira parte

DeFodi Images via Getty Images

O jovem lateral dos dragões fez o único golo do jogo nos descontos da primeira parte

DeFodi Images via Getty Images

Quatro jogos, três goleadas, uma escorregadela. Este sábado, no D. Afonso Henriques, o FC Porto entrava em campo com 13 golos marcados e apenas dois sofridos nos últimos quatro encontros, para além de uma série de 14 partidas seguidas sem perder. O problema? Pelo meio, não foi além de um nulo no Jamor contra o Casa Pia. Um nulo que o atirou para o terceiro lugar, que o deixou ainda mais longe do Benfica e que colocou o Sp. Braga no caminho do principal objetivo da temporada.

E este sábado, contra o V. Guimarães e na última jornada da primeira volta do Campeonato, era a maior prova disso mesmo. O FC Porto defrontava os vimaranenses já depois de Sporting, Sp. Braga e Benfica terem vencido — ou seja, precisava de ganhar para voltar a libertar-se dos leões, para voltar a ficar a um ponto dos minhotos e para voltar a estar a cinco pontos da liderança dos encarnados. Do outro lado, estava um V. Guimarães de Moreno que atravessa o pior momento da época, com sete jogos seguidos sem vencer, mas que é também uma de apenas três equipas que roubaram pontos ao Benfica no Campeonato.

Ficha de jogo

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V. Guimarães-FC Porto, 0-1

17.ª jornada da Primeira Liga

Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães

Árbitro: Luís Godinho (AF Évora)

V. Guimarães: Bruno Varela, André Amaro, Jorge Fernandes (Bamba, 52′) Villanueva, Maga, Dani Silva, Janvier (Gonçalo Nogueira, 77′), Afonso Freitas, Jota Silva (Safira, 77′), André Silva, Johnston (Nélson da Luz, 67′)

Suplentes não utilizados: Celton Biai, Hélder Sá, Índio, Bruno Gaspar, Tounkara

Treinador: Moreno

FC Porto: Diogo Costa, João Mário, Pepe, Marcano, Wendell, Uribe, Stephen Eustáquio (Grujic, 85′), Otávio, Toni Martínez (Pepê, 59′), Taremi (Danny Loader, 90+3′), Galeno

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, Fábio Cardoso, Gabriel Veron, Rodrigo Conceição, André Franco, Gonçalo Borges

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: João Mário (45+2′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Janvier (17′), a Otávio (35′), a Pepe (41′), a Wendell (47′), a Jota Silva (57′), a Nélson da Luz (71′), a Marcano (81′), a Safira (87′), a André Amaro (90′), a Gonçalo Nogueira (90+2′)

Na antevisão, porém, Sérgio Conceição garantia que a pressão inerente era o principal ingrediente da ambição dos dragões. “Estamos habituados aos jogos com pressão e às dificuldades que temos de ultrapassar. Defendemos as cores de um clube em que essa pressão existe sempre. Se não existir cá dentro, eu faço o favor de a criar. Não podemos olhar para o jogo de amanhã e pensar que é positivo um resultado que não seja a vitória. Queremos muito ganhar, estamos atrás de duas equipas e queremos acabar o Campeonato em 1.º. Mas o empate com o Casa Pia não tem de servir de exemplo. Os jogos servem para que a equipa evolua e aprenda com algumas coisas que fez ou não fez. Merecíamos ter vencido contra o Casa Pia. Se tivermos essa atitude e brilho no olhar, as coisas acabam por nos correr bem com maior ou menor dificuldade”, explicou o treinador na habitual conferência de imprensa.

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Assim, neste contexto e ainda sem contar com os lesionados Zaidu e Evanilson, Sérgio Conceição motivava os regressos de Pepe e Stephen Eustáquio à titularidade, atirando Fábio Cardoso e Grujic para o banco e mantendo Toni Martínez, Taremi e Galeno no trio ofensivo. Do outro lado, Moreno não tinha o castigado Anderson Oliveira e os lesionados André André e Tiago Silva e apostava em Johnston, com Bamba a ser suplente e André Amaro e Afonso Freitas a voltarem ao onze inicial.

O jogo começou com um nível de intensidade louvável, com o V. Guimarães a assumir alguma iniciativa e a ser mesmo a primeira equipa a aproximar-se da baliza adversária. Ainda assim, não foi preciso esperar muito para perceber que o metro quadrado estaria muito caro dentro do relvado: os vimaranenses fechavam-se no trio de centrais e estancavam a profundidade do FC Porto, enquanto que os dragões pressionavam muito alto e procuravam esgotar as transições rápidas da equipa de Moreno. Em resumo, batalhava-se muito na zona do meio-campo e ocupava-se pouco os últimos terços.

Otávio teve a primeira espécie de oportunidade, com um livre direto ainda de muito longe que passou ao lado da baliza (9′), e Jota Silva respondeu pouco depois com um pontapé de fora de área que também falhou o alvo (16′). O FC Porto assumiu alguma superioridade após o quarto de hora inicial, com Wendell a ficar muito perto de inaugurar o marcador (19′) e Galeno a atirar ao lado na sequência de uma assistência de Taremi (30′), mas a chegada à meia-hora levou o jogo para um quase marasmo em que escassearam as ocasiões de golo e abundaram as interrupções com faltas e problemas físicos.

Villanueva teve a melhor oportunidade do jogo até então, ao surgir na pequena área a rematar ao lado após um canto cobrado na direita do ataque do V. Guimarães (37′), e a incapacidade ofensiva do FC Porto ia ficando espelhada na exibição apagada de Toni Martínez. O avançado espanhol tocou duas vezes na bola durante a primeira meia-hora e chegou a ser candidato a uma substituição precoce, com Sérgio Conceição a chamar Pepê ao banco de suplentes depois de um lance em que não ficou satisfeito com Martínez. Ainda assim, e aparentemente aconselhado pelo adjunto Vítor Bruno, acabou por mudar de ideias e adiar a entrada do brasileiro.

Nos curtos descontos da primeira parte, numa altura em que ambas as equipas pareciam estar já a pensar no intervalo, o FC Porto acabou por conseguir colocar-se em vantagem. Taremi recuperou a bola em zona adiantada, os dragões insistiram e Otávio entregou a João Mário, que deixou um adversário pregado no chão e atirou cruzado para bater Bruno Varela e inaugurar o marcador (45+2′). De repente, já no intervalo, a equipa de Sérgio Conceição estava a vencer oV. Guimarães depois de uma primeira parte muito complexa.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do V. Guimarães-FC Porto:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo mas Moreno acabou por ser forçado a mexer ainda nos primeiros 10 minutos da segunda parte, lançando Bamba para solucionar os problemas físicos de Jorge Fernandes. O jogo regressou dos balneários com a mesma intensidade modesta, sem que o V. Guimarães responder à desvantagem e sem que o FC Porto demonstrasse uma superioridade que permitisse controlar as ocorrências e aumentar os números no marcador.

Sérgio Conceição acabou por realizar a substituição prometida à chegada à hora de jogo, trocando Toni Martínez por Pepê e colocando Taremi enquanto referência ofensiva da equipa. O avançado iraniano teve a primeira oportunidade da segunda parte, ao atirar ao lado na sequência de uma investida de Otávio (62′), e Moreno procurou agitar as águas com a entrada de Nélson da Luz. Mas os minutos iam passando e pouco ou nada acontecia.

O jogo partiu ligeiramente à entrada para os derradeiros 20 minutos — até porque Otávio era agora uma espécie de ’10’, depois da entrada de Pepê, e o FC Porto tinha superioridade no meio-campo. Miguel Maga atirou por cima à entrada da grande área (72′), Pepê respondeu com um pontapé ao lado logo depois (72′) e Otávio rematou contra Bamba na sequência de um cruzamento de Galeno (75′). Na linha técnica, Moreno voltou a mexer e tirou os amarelados Janvier e Jota Silva para lançar Gonçalo Nogueira e Safira.

Até ao fim, à exceção da entrada de Grujic, já pouco aconteceu. O FC Porto venceu o V. Guimarães no D. Afonso Henriques e somou a quarta vitória consecutiva para voltar a ficar a um ponto do 2.º lugar do Sp. Braga e a cinco da liderança do Benfica. Sérgio Conceição tinha pedido “brilho no olhar” e João Mário pegou na canção de Sérgio Godinho para levar o brilhozinho nos olhos e estrear-se a marcar esta temporada.

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