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Uma “vasta maioria” dos responsáveis do desporto olímpico defende que os atletas russos e bielorrussos não podem ser impedidos de competir internacionalmente apenas devido à sua nacionalidade, revelou esta quarta-feira o Comité Olímpico Internacional (COI).
Nenhum atleta deve ser impedido de competir só por causa do seu passaporte” foi a conclusão que sobressaiu da auscultação do COI aos diversos atores desportivos mundiais, após as “conclusões unânimes” da Cimeira Olímpica de 09 de dezembro, que reuniu os líderes de todos os organismos ligados ao Movimento Olímpico e Comité Paralímpico Internacional.
Depois dessa cimeira, foram consultados membros do COI, da rede global de representantes dos atletas, das federações internacionais das diversas modalidades e dos comités olímpicos nacionais, em reuniões que decorreram entre 17 e 19 de janeiro e cujas conclusões foram esta quarta-feira analisadas pelo conselho consultivo do COI.
“Um caminho para a participação dos atletas em competições, sob condições estritas, deve, portanto, ser mais explorado”, argumentou a maioria dos elementos ouvidos.
Neste caso, as “condições estritas” implicam, entre outras, que os participantes compitam enquanto “neutros”, que “respeitem plenamente” os princípios da Carta Olímpica (não podem ter agido contra a “missão” de paz do COI, apoiando ativamente a guerra na Ucrânia) e “cumpram integralmente” o Código Mundial Antidoping.
Ficou claro o “direito de todos os atletas a serem tratados sem qualquer discriminação”, de acordo com a Carta Olímpica, bem como o facto de os governos não poderem “decidir quais os atletas que podem ou não participar em qualquer competição”.
Numa outra questão, foi “unânime o reforço das sanções já em vigor” à Rússia e Bielorrússia, que continuam impedidas de receber eventos internacionais, bem como de ter a sua bandeira, hino ou qualquer outra identificação nas competições, igualmente privadas de convidar dirigentes desportivos ou governantes dessas nações.
“Unânime” foi identicamente o apoio à comunidade olímpica ucraniana, nomeadamente “continuar e fortalecer o compromisso total e inabalável de solidariedade” com os atletas ucranianos e a comunidade olímpica ucraniana, para que esta possa ter uma “equipa forte” em Paris2024 e nos Jogos Olímpicos de Inverno Milão-Cortina2026.
As federações internacionais e os comités olímpicos nacionais foram instados a “realizar todos os esforços possíveis” para facilitar o treino, preparação e participação de todos desportistas ucranianos em eventos internacionais.