Os presidentes dos seis municípios servidos pelo aterro sanitário instalado em Paradela, Barcelos, decidiram pedir uma reunião à sociedade gestora (Resulima) para “abordar” a questão dos “maus odores” emanados pela estrutura, foi esta terça-feira anunciado.
Em comunicado divulgado pela Câmara de Barcelos, os municípios manifestam preocupação e admitem que os odores “têm motivado recorrentes queixas das populações“.
O comunicado foi emitido após uma reunião que sentou à mesa, na segunda-feira, os presidentes das câmaras municipais de Barcelos, Arcos de Valdevez, Esposende, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo.
Na mesma reunião, os autarcas manifestaram “preocupação” com o aumento dos tarifários inerentes à recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos previstos para os próximos anos.
Em causa está, designadamente, a Taxa da Gestão de Resíduos, que é paga ao Estado em função da quantidade de resíduos que são depositados em aterro, incinerados e valorizados energeticamente. Também a introdução da Taxa Ecovalor faz parte das preocupações dos seis municípios.
Por isso, decidiram pedir audiências à secretaria de Estado do Ambiente, à Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos e à Associação Nacional de Municípios Portugueses.
A Resulima é uma sociedade que tem como acionistas as câmaras de Arcos de Valdevez, Barcelos, Esposende, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo (detêm 49% do capital) e a Empresa Geral do Fomento (51%).
Gere o aterro sanitário do Vale do Lima e Baixo Cávado, e que funciona desde o início de 2022 em Paradela, Barcelos e que tem sido contestado pelas populações vizinhas, designadamente da freguesia de Laúndos, na Póvoa de Varzim, por causa dos maus cheiros.
Na semana passada, a Resulima afirmou que tem vindo a implementar “várias medidas operacionais” no sentido de otimizar o processo produtivo, com o “objetivo primeiro” de minimizar qualquer impacto nas populações vizinhas.