Já se sabe quem dará vida a Michael Jackson no novo filme biográfico sobre o Rei da Pop: trata-se de Jaafar Jackson, filho de Jermaine Jackson, da banda Jackson 5, e sobrinho do cantor que morreu em 2009.
O filme, simplesmente intitulado “Michael”, começa a ser gravado já este ano. Trata-se da primeira biografia adaptada ao cinema sobre a vida de Michael Jackson, bem como do primeiro papel de Jaafar, de 26 anos, enquanto ator.
O filme é realizado por Antoine Fuqua, responsável por “Dia de Treino” (2001), com Denzel Washington e Ethan Hawke, e produzido por Graham King, que também esteve envolvido na biografia dos Queen, “Bohemian Rhapsody”. Em comunicado citado pela CNN Internacional, King diz que a escolha teve lugar após uma “busca mundial” para encontrar o ator ideal, mas que a escolha foi inevitável.
Fiquei estupefacto com a forma como [Jaafar Jackson] personifica de forma tão orgânica o espírito e a personalidade do Michael. (…) Era óbvio que ele é a única pessoa capaz de interpretar este papel. Estou entusiasmadíssimo que ele tenha integrado o projeto para dar vida ao tio, e mal posso esperar para que o mundo o veja no grande ecrã”, pode ler-se.
No Instagram, Jaafar Jackson publicou uma fotografia em que ensaia alguns dos movimentos característicos do Rei da Pop, acompanhada de uma legenda em que se declara “humilde e honrado”: “A todos os fãs à volta do mundo, vemo-nos em breve”.
Além do cinema, o sobrinho de Michael Jackson também já fez incursões pela música. Em 2019, lançou o seu primeiro (e até agora único) tema, “Got Me Singing”, com um videoclipe filmado nas favelas do Rio de Janeiro e no qual são notórias as semelhanças no tom de voz e no estilo entre Jaafar e o tio:
A família Jackson também se mostrou favorável ao casting de Jaafar para interpretar Michael. Numa mensagem no Instagram, Prince Jackson, filho mais velho do cantor, expressou o seu contentamento com o facto de a escolha ter recaído sobre o seu primo, que, diz, “encarna” em vários aspetos Michael Jackson.
O filme está a ser produzido em colaboração direta com o clã Jackson, o que, muito provavelmente, irá influenciar a abordagem aos aspetos mais controversos da vida do artista – em particular, as acusações de abuso sexual de menores que recaíram sobre Michael Jackson desde a década de 1990, e que voltaram a ganhar notoriedade após o lançamento de “Leaving Neverland” (2019), documentário da HBO sobre os alegados abusos. Jackson, recorde-se, chegou a ser julgado em 2005, mas acabou absolvido. A Lionsgate, uma das produtoras do filme biográfico, já veio dizer que este irá abordar “todos os aspetos” da vida do cantor.