Depois da intensa perseguição de que foi alvo por parte da Porsche, que queria entrar na equipa que possui tradicionalmente os melhores chassis da Fórmula 1 (F1), a Red Bull sacudiu o interesse dos alemães e preferiu associar-se à Ford. O anúncio foi realizado esta sexta-feira, sendo de recordar que foi a Ford a fornecer os motores (3.0 V8 e 3.5 V8) à maioria das equipas da grelha nos tempos áureos desta disciplina, nos anos 60, 70 e 80, tendo o último título de campeão mundial sido conquistado em 1994, por Michael Schumacher.
O acordo assinado prevê que o próximo motor de F1, a estrear em 2026 com a introdução dos novos regulamentos da disciplina, será desenvolvido pela Red Bull Powertrains e pela Ford. Será uma unidade híbrida sobrealimentada, mas através de um sistema mais simples, barato e mais fácil de controlar pelos inspectores da Federação Internacional do Automóvel. A cilindrada continuará a ser 1.6 e a disposição dos cilindros manterá o actual V6, da mesma forma que não se espera que a potência seja reduzida, continuando a rondar o milhar de cavalos em condições de qualificação.
Com o contrato a prever o fornecimento de unidades motrizes para as equipas Red Bull e Alpha Tauri para as épocas de 2026 e seguintes, a Ford e a Red Bull Powertrains irão desenvolver um novo motor de combustão, compatível com combustíveis sintéticos produzidos de forma sustentável, ou seja, sem recurso a derivados de petróleo. Associado a esta unidade movida a e-fuel estará um motor eléctrico com uma potência de 350 kW (476 cv). O desenvolvimento deste novo motor arrancará já no decorrer deste ano.
Além de participar no aperfeiçoamento da mecânica dos F1 no seu todo, a Ford irá concentrar-se no desenvolvimento de células das baterias, tecnologia dos motores eléctricos e software de controlo de unidades de potência. A Red Bull, através do seu director Christian Horner, congratulou-se com o facto de a sua equipa, como construtora independente de motores, ter como parceiro um fabricante com o gabarito e o potencial da Ford.