A Organização Mundial de Saúde (OMS) mobilizou equipas de emergência médica para combater a epidemia de cólera no Maláui durante as próximas seis semanas, respondendo ao pedido de ajuda do governo local, anunciou esta sexta-feira a agência das Nações Unidas.

“Como parte do contínuo apoio ao governo da Malaúi na resposta ao surto de cólera, a Organização Mundial de Saúde ativou a sua rede de Equipas de Emergência Médica [EMT, na sigla em inglês], no seguimento do recente pedido de ajuda por parte do Governo”, lê-se num comunicado divulgado esta sexta-feira.

As duas EMT foram mobilizadas para o Maláui numa parceria entre a OMS, a britânica UK-EMT, do governo do Reino Unido, e a organização não-governamental Save the Children, aponta-se ainda no texto, que dá conta de que estas equipas vão “responder ao surto de cólera através da gestão de doentes nos centros de tratamento de cólera, dando medicação essencial, e ajudando a formar colegas no local”.

Uma terceira equipa, a ‘Samaritan’s Purse’, chegará também nos próximos dias, acrescenta a OMS, pormenorizando que as EMT são compostas por grupos de profissionais (médicos, enfermeiros e especialistas em controlo e prevenção de epidemias) que dão apoio clínico direto a pessoas afetadas por emergências e desastres, apoiando também os sistemas de saúde locais.

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De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde do Maláui na quarta-feira, o surto, que afeta 29 distritos do país, resultou em 35.500 casos, incluindo 1.162 mortes, com uma taxa de mortalidade de 3,27%.

A cólera é uma doença diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminada com o bacilo ‘vibrio cholerae’.

Segundo a OMS, a cólera continua a ser “uma ameaça global para a saúde pública e um indicador de desigualdade e de falta de desenvolvimento”.