Para concluir o ensino secundário, os alunos terão de fazer três exames: dois à escolha e o de Português ou de Português Língua não Materna (que continuará a ser obrigatório). Os exames vão ter um peso de “25% na classificação final”, peso esse que “anteriormente era de 30%”. A informação foi avançada esta segunda-feira por João Costa, ministro da Educação, em conferência de imprensa.

Este ano letivo, uma vez que “já estamos em fevereiro”, “as condições que têm vindo a ser aplicadas nos dois anos de pandemia” mantêm-se. Desta forma, os exames nacionais são obrigatórios apenas para os alunos que se queiram candidatar ao ensino superior.

Para o próximo ano letivo, “os alunos que entraram este ano no 10.º ano já terão o modelo de conclusão do secundário com as provas a ter este efeito e a ponderação relativa”, explicou João Costa. Neste sentido, o governante afirmou que será introduzida “uma ponderação relativa das disciplinas na classificação final”, ou seja, uma “disciplina trienal pondera três vezes, uma bienal pondera duas vezes e uma anual pondera uma vez [na média final]”. Esta medida permite que seja introduzida uma “maior justiça em termos de peso do trabalho realizado pelos alunos ao longo dos três anos” do secundário, defendeu o ministro da Educação.

Na conferência de imprensa, ao lado de João Costa, estava Elvira Fortunato, ministra da Ciência e Ensino Superior, que sublinhou o trabalho “em articulação” entre os dois ministérios e deixou a garantia de que o Governo não quer criar nenhum “problema no acesso ao ensino superior”. Questionados pelos jornalistas, os dois governantes recusaram qualquer divergência entre ministérios no que diz respeito à manutenção ou fim dos exames nacionais do ensino secundário — contradizendo uma notícia que havia sido noticiada pelo Público.

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Mais cedo esta segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa tinha considerado que “não fazia sentido” acabar com os exames nacionais no final do secundário. O Presidente da República defendeu que “não fazia sentido deixar de haver uma avaliação” e garantiu que o que foi noticiado “como podendo ser divergência” estava “ultrapassado”.

Marcelo garante que divergência foi “superada” e que Governo mantém exames nacionais para acabar secundário