A greve convocada por três sindicatos que representam os trabalhadores da CP pode levar a perturbações na circulação de comboios nos próximos dias, já que não haverá serviços mínimos garantidos, diz a empresa num comunicado no seu site.
Aliás, António Domingues, representante do Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses vai mais longe: a “paralisação” será “total” na quinta-feira, dia em que, prevê o sindicalista, “não haverá qualquer comboio”, disse esta manhã à Rádio Observador.
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“Para o período compreendido entre as 00h00 do dia 8 de fevereiro de 2023 e as 24h00 do dia 21 de fevereiro de 2023″, a CP- Comboios de Portugal não garante serviços mínimos, de acordo com a nota da empresa.
Os problemas começam já esta quarta-feira ao final da tarde, ainda que de forma pontual, pois haverá comboios suprimidos de longo curso, considera António Domingues.
O representante sindical sublinha que a greve será parcial nos dias seguintes. “Os maquinistas irão recusar todos os serviços cuja previsão [de duração] seja superior a 7h30”.
Contudo, circularão alguns comboios durante o período de greve. “É a nossa previsão”, conclui o presidente sindical.
Até às 08h00, 16 comboios foram suprimidos
A CP – Comboios de Portugal suprimiu 16 das 252 ligações programadas entre as 00h00 e as 08h00 desta quarta-feira, primeiro dia de greve dos trabalhadores da empresa, disse à Lusa fonte oficial da transportadora ferroviária.
De acordo com o balanço feito pela CP à Lusa cerca das 08h30, circularam 236 comboios. Estavam programados 252 comboios e foram suprimidos 16.
Dos 16 comboios suprimidos, dois eram de longo curso (realizaram-se 10), sete regionais (realizados 65), sete urbanos do Porto (realizaram-se 46). Em Lisboa circularam 115 comboios urbanos.