Num altura em que o tema da sustentabilidade domina a agenda, a companhia alemã Continental decidiu dar uma nova vida a 200 pneus que correram na primeira temporada do campeonato eléctrico Extreme E, competição em que a Continental tem o duplo papel de patrocinador e fornecedor. Depois de prestarem o seu serviço ao desporto automóvel sem emissões, ao invés de serem postos de lado, esses 200 pneus foram deslocados para um campo de basquetebol em Hanôver, na Alemanha. Se olhou atentamente para a foto e não os consegue ver, a explicação é simples: foram transformados em blocos de borracha para servir de piso neste campo, que tem ainda a particularidade de se destinar a incutir o gosto pelo desporto nos mais novos, oferecendo-lhes “um lugar para jogar e queimar energia”.

Christian Kötz, membro do conselho de administração da Continental Tires, destacou o saudável cruzamento entre o reaproveitamento dos pneumáticos e a prática de desporto. “Estes pneus correram na Arábia Saudita, na Gronelândia e no Senegal. E agora, sob a forma de um campo de basquetebol, estão a ajudar a juntar os jovens ao desporto”, afirmou, para depois realçar que “a Continental está a trabalhar intensamente” na área da economia circular, com especial enfoque na reutilização de pneumáticos após o fim do seu ciclo de vida.

Depois de se fazerem ao piso nas provas da Extreme E, os pneus da Continental passaram a fazer de piso no referido campo de basquetebol, graças a uma parceria com o contributo de diferentes agentes empresariais e o envolvimento da própria autarquia. À Regupol, empresa de processamento de elastómeros, coube a missão de transformar os pneumáticos usados da Continental nos blocos de pavimento de borracha que foram depois montados na área de jogo.

Os pneus são apenas uma das diversas áreas a que a Continental se dedica, mas só este negócio assegura mais de 57.000 postos de trabalho e gerou, em 2021, uma facturação de 11,8 mil milhões de euros. A companhia germânica, que é um dos principais fabricantes mundiais de pneumáticos, anunciou que pretende “tornar-se a empresa de pneus mais progressista em termos de responsabilidade ambiental e social até 2030”. Ao que parece, encestar faz parte dessa estratégia.

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