O alerta foi dado esta sexta-feira à tarde, eram 14h15 na Bulgária (menos duas em Portugal): tinha sido encontrado um camião abandonado na vila de Lokorsko, arredores de Sófia. Lá dentro estavam os corpos de 18 migrantes ilegais e outras 14 pessoas a precisar de assistência médica.

De acordo com as informações iniciais avançadas pela estação televisiva Nova, ao todo seriam 40 os migrantes transportados no interior do camião, num compartimento construído sob a carga de madeira que transportava. Pelo menos outras nove pessoas foram entretanto hospitalizados, em estado grave.

Segundo os migrantes no local, que ao que tudo indica serão maioritariamente jovens e de nacionalidade afegã, o motorista do camião abandonou o local.

O Hospital St. Anna, em Sófia, anunciou que recebeu dois doentes, ambos com um quadro de hipotermia e de desidratação. Um deles aparenta ter apenas 15 anos, o outro cerca de 20.

Entretanto, este sábado à tarde, soube-se que eram 52 os migrantes transportados ilegalmente no camião.

Seis pessoas foram acusadas de tráfico humano, avançou a Reuters, acrescentando que foi depois de perceberem que grande parte das pessoas que transportavam estavam tontas e outras já tinham morrido que o motorista e o homem que o acompanhava decidiram abandonar o veículo. Ambos foram também acusados pelas mortes dos migrantes, revelou o ministério público da Bulgária.

Aos jornalistas, Borislav Sarafov, chefe do Serviço Nacional de Investigação, revelou que os dois homens se recusaram a parar e a prestar auxílio aos migrantes, apesar dos audíveis pedidos de socorro. “As vítimas morreram lenta e dolorosamente.”

Artigo atualizado sábado, dia 18 de fevereiro, às 23h40

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