O ISEG prevê que a desaceleração do crescimento homólogo do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre seja mais reduzida do que o inicialmente esperado, mas não o suficiente para alterar a perspetiva de crescimento de 1,6% em 2023.
Na síntese de conjuntura de fevereiro, divulgada esta sexta-feira, o grupo de análise económica do ISEG assinala que os dados disponíveis sugerem que a “desaceleração homóloga da atividade no 1.º trimestre poderá ser mais reduzida do que o esperado“.
A justificar esta perspetiva estão em janeiro, pelo lado positivo, as “vendas e a produção automóvel (ACAP), a produção e o consumo de energia elétrica (REN), os pagamentos e levantamentos na rede SIBS e a evolução dos indicadores de confiança setoriais (INE)”.
Do mesmo modo, e até meados de fevereiro, o indicador diário do Banco de Portugal, indicador de evolução homóloga de atividade que usa alguma da informação referida, surpreende positivamente por estar a um nível mais alto do que no trimestre anterior”, acrescentam.
Por outro lado, dão nota de que as vendas de cimento em janeiro tiveram uma evolução homóloga negativa.
Em todo o caso, com apenas um mês de informação muito parcial, será preciso esperar por mais informação para definir a evolução da economia no trimestre”, assinalam.
O ISEG destaca, contudo, que a possibilidade de uma redução face ao esperado da desaceleração do crescimento no primeiro trimestre “não tem, para já, implicações sobre a previsão anual” da instituição de 1,6%.