A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública anunciou esta quinta-feira uma greve nacional para 17 de março para exigir aumentos imediatos dos salários e a valorização das carreiras e dos serviços públicos, perante “o quadro de empobrecimento” dos trabalhadores.
“Vai ser uma grande greve da administração pública”, disse o líder da Frente Comum, Sebastião Santana, em conferência de imprensa, em Lisboa, lembrando que a paralisação irá realizar-se um dia antes da manifestação nacional da CGTP, convocada para 18 de março.
A decisão de avançar para a greve foi tomada na cimeira de sindicatos da Frente Comum, realizada esta manhã, indicou Sebastião Santana, sublinhando que foi tido em conta “um quadro de empobrecimento generalizado dos trabalhadores”.
Questionado sobre se a Frente Comum está disponível para uma greve geral, em conjunto com a restantes estruturas sindicais, o líder sindical disse que “a data está anunciada” e que todos serão “muito bem-vindos a esta jornada de luta”.
“Perante a ausência de resposta” do Governo aos problemas identificados pela Frente Comum, a estrutura da CGTP “decidiu convocar uma greve nacional da administração pública para dia 17 de março em todo o país, uma greve de 24 horas, que vai abranger todos os setores da Administração Pública”, disse Sebastião Santana.
Para Sebastião Santana, o acordo assinado em outubro entre o Governo e os sindicatos da UGT “não conseguiu dar resposta nenhuma” aos trabalhadores da administração pública, face a “um problema que se agrava de dia para dia” e que é transversal a todos os serviços públicos.
Segundo avançou, os principais objetivos da greve são reivindicar “um aumento imediato dos salários da Administração Pública”, o reforço dos serviços públicos, a valorização das carreiras, a revogação do SIADAP (sistema de avaliação de desempenho) “e que o Governo tome medidas para controlar os preços dos bens essenciais”.
Também a CGTP anunciou na sexta-feira uma manifestação nacional em Lisboa, a realizar no dia 18 de março, para reivindicar o aumento imediato dos salários e das pensões e em protesto contra a subida do custo de vida.