A primeira temporada do AvistaVulcão, um espaço de residências artísticas junto ao vulcão dos Capelinhos, Açores, vai contar com cinco artistas de três nacionalidades diferentes.

Num comunicado enviado à agência Lusa, a equipa do espaço revela que a primeira temporada, que arranca este mês, vai acontecer até abril com a presença dos artistas Lívia Diniz (Brasil), António Regis da Silva, Lois Patiño (Espanha), Rachel Gordy e Eric Devanthéry (Suíça).

A segunda temporada do AvistaVulcão vai decorrer de setembro a novembro de 2023, com artistas belgas e norte-americanos “a revelar oportunamente”.

Segundo os responsáveis do espaço, as residências artísticas vão permitir que o “espaço envolvente ao vulcão dos Capelinhos”, na ilha açoriana do Faial, “seja também um lugar de criação de vanguarda”.

“As áreas de criação vão desde a escrita para cinema e teatro, da multimédia à técnica ancestral da litografia, das artes visuais à intervenção na paisagem. Todos os artistas irão trabalhar projetos inéditos tendo a insularidade em diálogo com o mundo”, explicam os promotores.

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António Regis da Silva vai realizar uma residência de litografia, com o projeto “Diálogos Plutónicos”, de começa esta quinta-feira e vai decorrer até 9 de março.

O objetivo da residência do artista é “trabalhar a pedra basalto para desenvolver um trabalho de litografia e de criação de pigmentos naturais”, tratando-se de uma iniciativa realizada em parceria com a Associação de Turismo Sustentável do Faial.

O espanhol Lois Patiño vai estar de 10 a 30 de março em residência de escrita para o seu último filme, uma longa-metragem de ficção inspirada na obra “Tempestade” de Shakespeare, que vai ser filmada nas ilhas do Faial e do Pico.

De 1 a 28 de abril, Rachel Gordy e Eric Devanthéry vão realizar uma residência para fazer um trabalho de pesquisa para a obra de teatro “Looking for Moby Dick”.

Com a curadoria de Gonçalo Tocha e Sophie Barbara, as residências vão acontecer na Casa da Missão, o local que acolheu a residência da missão científica dos Capelinhos em 1957 e 1958 e que juntou vários cientistas que se deslocaram ao Faial para estudar o vulcão.